GOVERNO federal ainda não anunciou prazo para aquisição
Celeste Roseli de Oliveira, 45 anos, moradora da rua Cristiano Matte, no bairro Industrial, vai ganhar uma nova moradia após as enchentes deixarem rastro de destruição em sua casa. Ela será uma das 80 beneficiadas pelo plano de realocação após interdição pela Defesa Civil Municipal devido às grandes cheias que atingiram Montenegro.
Ela, que vive no local há 20 anos, nunca havia visto a enchente entrar em sua casa até agora. Ela mora com dois filhos de 16 anos e dois de 23 e perdeu todos os seus pertences. “Foi horrível. Nunca pensei que eu ia perder tudo como eu perdi. Hoje tenho eu e meus filhos, porque as coisas dentro de casa eu perdi tudo”, desabafa.
Para ela, ser contemplada com a nova moradia é a realização de um sonho. “Essa casa vai ser uma bênção de Deus, porque não tem coisa melhor nesse mundo do que sair fora de onde vem a água. É muito bom, uma alegria. É vida que segue, uma vida nova daqui para frente,” conclui. Por enquanto, Celeste e os filhos continuam morando no mesmo endereço, sem condições de pagar aluguel.
Plano foi discutido
O plano de trabalho para o atendimento das 80 famílias foi discutido nessa quarta-feira, 26. A reunião contou com a presença do prefeito Gustavo Zanatta, membros da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, da Defesa Civil Municipal, da Diretoria de Geoprocessamento e representantes da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.
Durante o encontro, foram debatidos os procedimentos necessários para a análise das moradias já incluídas no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD) pela Administração Municipal. Este sistema permite solicitar recursos do governo federal para ações de resposta, como a compra de novas moradias para as famílias afetadas.
Na área das casas condenadas, o plano prevê intervenções de baixo custo para evitar novas construções no local. “Montenegro está na frente dos demais municípios atingidos, pois já incluiu no sistema todas as habitações afetadas. Isso vai facilitar a análise pelo governo federal e agilizar as providências”, afirmou Ademar Lopes da Silva Junior, coordenador de Habitação da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.
Após a reunião, a equipe realizou vistorias nos bairros Industrial e Ferroviário para avaliar a situação das moradias. O Governo Federal ainda não anunciou prazos para a aquisição das novas residências.