7ª edição da Femic reúne trabalhos científicos no Ginásio Domingão

CURIOSIDADES transformadas em conhecimento

A 7ª edição da Feira Municipal de Iniciação Científica (Femic) de Montenegro teve sua abertura realizada nessa quinta-feira, 24, no Ginásio Domingão do Parque Centenário. Após um período virtual devido à pandemia, a Femic volta a ser presencial e acontece até o próximo sábado, dia 26. O evento apresenta trabalhos desenvolvidos por estudantes da Educação Infantil (Jardim I e II), Ensino Fundamental I (1º ao 5º anos) e Ensino Fundamental II (6º ao 9º anos).

A edição deste ano conta com a participação de 28 escolas, divididas em três turnos. No primeiro dia, foram apresentados trabalhos da categoria Educação Infantil. A divisão por turnos foi implementada visando proporcionar um ambiente mais adequado para avaliação e apresentação dos projetos, considerando a acústica e a comodidade das famílias.

A Femic tem se consolidado como importante evento para a Educação, proporcionando aos alunos a oportunidade de desenvolverem trabalhos científicos e adquirirem um entendimento mais aprofundado sobre diferentes temas. Alessandra Bartz, membra da comissão organizadora da Feira, destaca que o trabalho científico proporciona uma abordagem diferenciada, incentivando a curiosidade e o pensamento crítico dos estudantes. “É extremamente importante porque ele traz conceitos diferentes de um trabalho pedagógico. O trabalho científico aborda várias etapas e tem toda uma organização e disciplina dos alunos”, explica.

Inicialmente, a seleção dos trabalhos é feita internamente nas escolas, através de feiras, onde os projetos são escolhidos para participar da Femic. A evolução dos trabalhos ao longo das edições tem sido notável, e a mudança para o formato presencial neste ano trouxe uma experiência ainda mais enriquecedora para alunos e professores, avalia Juliana Brandão, representante da organização.

Para a coordenadora pedagógica Deisi Luizelli Altafani, integrante da comissão, a Femic não apenas promove a disseminação do conhecimento científico, mas também fortalece o compromisso com a educação e o desenvolvimento integral dos estudantes. O evento reflete a dedicação e empenho das escolas e da comunidade escolar em fomentar a pesquisa e o aprendizado.
O prefeito Gustavo Zanatta participou da cerimônia de abertura do evento. Logo após, o Chefe do Executivo foi conhecer de perto o trabalho dos pequenos pesquisadores.

O horário de visitação da Femic, nesta sexta, é das 9h às 19h. No sábado serão divulgados os trabalhos vencedores, que se classificão para a Mostratc 2023, feira de ciência e tecnologia realizada anualmente pela Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha, na cidade de Novo Hamburgo, no mês de outubro.

Impactos da pesquisa na vida real
A feira reúne trabalhos de diversas categorias, promovendo o compartilhamento de conhecimento e inovações desenvolvidas pelos jovens pesquisadores.

Os alunos da Escola Dr. José Floriz Cruz, do bairro Aeroclube, participaram ativamente da feira, apresentando sua pesquisa científica sobre o coração humano. Três alunos, pertencentes à turma de Jardim 1 e 2, reponderam a pergunta: “Por que o coração fica acelerado quando corremos e calmo quando dormimos?”
Segundo Keitieli Kossmann, uma das docentes envolvidas no projeto, a ideia nasceu da curiosidade dos próprios alunos durante uma atividade ao ar livre. Observando o ritmo do coração após uma corrida, eles despertaram perguntas que desencadearam a pesquisa. O processo levou cerca de três meses, envolvendo atividades como leituras de livros de anatomia, entrevistas com enfermeiras e discussões em sala de aula.

Os alunos utilizaram a robótica para melhor entender o funcionamento do coração

O engajamento precoce dos alunos em investigações científicas foi destacado como fundamental para o desenvolvimento da alfabetização científica. A professora enfatiza a importância de valorizar a curiosidade das crianças e incentivá-las a buscar respostas e soluções por conta própria.
A pesquisa sobre o coração também teve impacto na alimentação dos alunos, conscientizando-os sobre a importância de uma dieta saudável.

Curiosidades sobre os “tatus”
Sob a orientação da professora Letícia Vianna dos Santos, os alunos da Escola Maria Josepha Alves de Oliveira embarcaram em uma jornada científica intrigante, motivada pela curiosidade infantil e o hábito de explorar o próprio nariz. O projeto teve início quando as crianças começaram a questionar se era possível comer o que retiravam do nariz. A questão logo se tornou o ponto central da investigação.

A pesquisa não se limitou à internet e livros. Um médico foi convidado para fornecer informações detalhadas sobre o porquê de não ser saudável ingerir o material retirado do nariz.

Agora eles sabem tudo sobre os diferentes “tatus”

Além disso, o projeto foi expandido para explorar o próprio animal tatu, incluindo suas características, habitat e comportamento. Ocorreu também a conexão com o termo “tatu”, relacionado ao corte de carne bovina. Os alunos receberam a perspectiva de um açougueiro, que compartilhou informações sobre a carne e explicou que esse tatu, sim, poderia ser consumido.

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