O 1º Mini Encontro da Esperança realizado neste domingo, em Maratá, neste domingo, 16, teve um total de 176 inscritos. O evento foi organizado pelo grupo Trilheiros da Esperança e a largada das motos e quadriciclos foi da Sociedade Cultural e Esportiva Esperança. A trilha pelo interior se estendeu por 60 quilômetros. Muita gente também foi só assistir.
Além da trilha, ocorreram os tradicionais desafios. O objetivo era subir uma íngreme e alta ladeira embarrada. Muitos conseguiram, mas não foram poucos os tombos. Eram duas opções, a galo e a super galo, mais difícil, como o próprio nome dá a entender.
Chamou a atenção a organização do encontro. Os caminhos, por exemplo, foram muito bem sinalizados, inclusive com indicações de “Pare” e “Devagar”. A estrutura teve duas ambulâncias e apoio da Brigada Militar.
O evento contou com a presença de muitos esportistas de outros municípios. Sete integrantes do grupo de trilheiros Zummach, por exemplo, vieram de Nova Petrópolis acelerar na Esperança. No total, a turma é formada por 25.
Entre eles estava Deni Ferraz, 47 anos, e um dos filhos dele Wellinton, 19. E ainda tem outro Ferraz apaixonado pela modalidade, Alexandre, 24, mas ele não pode vir a Maratá.
“É um prazer porque a família está sempre junta e sabemos onde os filhos estão. Isso é importante para evitar que eles andem com amizades ruins”, comenta o pai. A atividade esportiva em parceria, aponta, serve como a prevenção do uso de drogas.
Wellinton começou a fazer trilha Yamaha DT 180 cilindradas. Atualmente, pilota uma Kawasaki 250. Deni tem Honda CRF 230.
“Abrindo alas” para os trilheiros estavam quatro puxadores. Fabiano Kleinschtt, 20 anos, Darley Kerber, Lucas Alff e Marcos Michaud. Todos pareciam empolgados por realizarem a atividade. Posaram para a reportagem com sorrisos nos rostos.
Fabiano começou a fazer trilhas com 14 anos. No começo, houve resistência por parte dos pais, mas eles acabaram se acostumando. O jovem chegou a se arriscar no Veloterra. Entretanto, a queda e os diversos ferimentos fizeram ele mudar de ideia. Além disso, gosta mesmo é de fazer trilha ao lado dos amigos, não de competir. “A adrenalina não tem como explicar. Quando tu está em cima de uma moto, esquece de tudo”, diz, ao ser perguntado sobre a razão de tanta paixão pelo esporte.
O presidente do Trilheiros da Esperança, Anderson Nied, estava satisfeito com o resultado do evento para o qual o grupo tanto se dedicou. Atualmente, são 26 sócios. “Veio mais gente do que estávamos esperando. Agora, nós queremos fazer todo o ano”, ressalta. O primeiro encontro promovido por ele foi o Passeio da Esperança, em junho de 2017 para ajudar as vítimas do tornado que atingiu o interior de Maratá. Anderson pilota há sete anos.