Meta da empresa é gerar a energia de toda a loja pelo método até o fim de julho
Quem passa pela loja do bairro da Timbaúva dos Supermercados Mombach já percebe a novidade. Toda a estrutura do estacionamento externo da unidade foi refeita para receber, nas próximas semanas, placas para captação e geração de energia elétrica a partir da luz solar. Será a última etapa do projeto de instalação da empresa que, já iniciado, hoje permite que 73% do estabelecimento seja abastecido pela energia proveniente do sol. A meta é chegar em 100% até o fim de julho.
Diretor da empresa, José Francisco Mombach conta que o projeto levou cerca de um ano e meio para ser posto em prática. Foi um período de muita pesquisa sobre equipamentos, fornecedores disponíveis no mercado e parâmetros impostos pela concessionária de energia elétrica que atua na região: a RGE. “Eles acompanham todo o processo”, explica.
Ao todo, serão 1.470 painéis para captação instalados, cada um com 330 watts de potência. Os que já estão funcionando ficam sobre o telhado do prédio, instalados, conforme estudo, na direção que melhor aproveita a incidência de sol. A empresa não divulga o investimento feito, mas garante que, com a economia do consumo de energia da rede, todo o valor estará pago em até cinco anos.
A demanda existe. O diretor explica que, para se diferenciar de grandes redes supermercadistas instaladas na cidade, o Mombach investe em uma maior variedade de itens perecíveis. Eles se tornam um diferencial, mas, em contraponto, demandam mais balcões de refrigeração do que normalmente se vê em lojas de porte parecido. Aí entra a importância da fonte própria de energia. A produção média, hoje, a partir do sol, é de 38 mil kw/h por mês.
Motivo de orgulho, ele adiciona que a preocupação com o meio ambiente também foi um incentivo ao projeto. A empresa já tinha o selo EcoMombach, que incentiva práticas sustentáveis, como a redução do uso de sacolas descartáveis e a correta separação dos resíduos. A busca por uma energia renovável foi mais um passo nessa linha. “É uma energia limpa, que não machuca ninguém e que não agride o meio ambiente”, destaca o diretor. “A gente tem muito orgulho disso.”
De dia, mais geração que consumo
O estudo feito para a instalação considerou uma média de 8 horas diárias de incidência de luz. O número já leva em conta possíveis dias nublados ou de chuva. O supermercado segue ligado à rede pública de concessão da RGE.
Durante o dia, a geração de energia a partir do sol já ultrapassa o que é consumido pelo estabelecimento. Essa “sobra” acaba sendo mandada para a rede pública. Quando chega a noite, então, a loja “pega de volta” o que precisa para manter tudo funcionando.
Ao final dessa equação, o valor a mais de energia gerada pelo Mombach que vai para a rede vem descontado da conta de luz ao final do mês. Estimando gerar mais de 100% do que o necessário quando em capacidade completa, a empresa será, por completo, auto-suficiente nas próximas semanas.