500 laçadores no décimo Rodeio Crioulo de Brochier

Evento realizado durante todo o final de semana foi alusivo aos 29 anos de emancipação política do município

Provas de laço, gineteadas, exposições de produtos e shows animaram o Parque de Rodeios da Expofesta, em Brochier, durante todo o final de semana. O 10º Rodeio Crioulo da cidade atingiu as expectativas da organização e teve cerca de 500 participantes nas provas, segundo o capataz campeiro, Augusto Neis.

Entre os participantes, os irmãos Felipe e Patrick Troes se destacaram. Os guris de 12 e 17 anos, respectivamente, vieram de Novo Hamburgo para competir nas provas de laço e ficaram nas melhores posições. Na categoria Laço Irmão, eles conquistaram o segundo lugar e, na categoria Laço Guri, Felipe foi o melhor colocado. Segundo eles, o segredo é a dedicação. “Principalmente o treino”, afirma o caçula.

Os irmãos Troes laçam desde que Felipe tinha sete anos e Patrick, nove. Eles são os únicos integrantes da família a praticar a atividade. “Começamos andando a cavalo e, aos poucos, passamos a laçar”, revelam. Daí a participar das provas, foi um passo natural para os jovens.

Eles garantem que competir juntos faz toda a diferença. “Com o irmão, é melhor porque tu estás em casa. Tem liberdade para falar o que está certo e o que está errado”, afirma Patrick. Segundo ele, as brigas, naturais de irmãos, acontecem apenas fora das canchas. “Quando estamos lá dentro, é um torcendo pelo outro e, quando laçamos de dupla, é melhor ainda porque são os dois trabalhando juntos para ganhar”.

Quem também levou a família para o rodeio foi o administrador Aristides Pereira, 45, integrante do CTG Peleadores do Sul, de São José do Sul. “É importante trazer eles para incentivar a gurizada a seguir a tradição”, afirma. Para garantir que a tradição não se perca, Aristides já está ensinando a filha Alana, 12, a laçar. “Ela ainda não está muito firme no cavalo, mas acho que, no ano que vem, já vamos laçar juntos”, prevê.

 

“Estou onde o povo está”, diz comerciante
Se rodeio é local para cultivar as tradições, o comerciante Alberi Silva enxerga uma oportunidade para superar a crise. Ele, que vende artigos gaúchos há cinco anos, conta que as vendas nos eventos campeiros são superiores ao que comercializa na loja física, em Novo Hamburgo. “A gente vai onde o povo está com o dinheiro”, diz. As peças de couro artesanais são trazidas de Lages, Santa Catarina, e de Esteio. “Eu pego direto das fábricas para poder oferecer um bom preço para os meus clientes”, diz. Essa possibilidade de praticar um valor mais acessível e estar nos eventos contribuiu para que o comerciante superasse a crise financeira nacional, segundo ele.

Outro fator que faz Alberi permanecer de rodeio em rodeio são as amizades. “De um ano para outro, dá saudade do lugar”, diz. Atualmente ele trabalha nos eventos em várias regiões do Estado. “Aqui o que mais sai é calçado e vestuário. Mas tem locais em que as encilhas são os produtos mais procurados”, conta.

Vencedores
Laço Individual

– 16 participantes foram premiados nessa categoria. Confira os nomes no portal www.jornalibia.com.br
– Roger Nunes
– Carlos Giovani
– Gilberto Avila
– Solon
– Igor Diego
– Timotio Fonseca
– Anderson Leite
– Lucas Hartmann
– Fagner Pereira
– Vinicius Fonseca
– João Vitor
– Clóvis Colling
– Augusto Mottin
– Vinícius Cardoso
– Gislaine
– Mano Lima
Laço Piá
– Morinho
– Henrique Amorin
Laço Guri
– Felipe Troes
Laço Prenda
– Gabriele Soares
– Priscila Jardim
Laço Veterano
– Roberto Ticha
– Oreste Mello
– Francisco
Laço Vaqueano
– Adão
Laço Patrão
– João Batista
– Clovis Coling
– Luis Roberto
Laço Capataz
– Anderson
– Julio Amorin
– Flavio dos Santos
Laço Dupla Irmãos
– Julio e Eduardo Amorin
– Felipe e Patrick Troes
– Juliano e Cassiano Silva

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