3.451 motos invadiram Brochier

Trilha do Carvão trouxe cerca de 20 mil turistas para a cidade em três dias

Um verdadeiro mar de motocicletas! Para todo o lado que se olhava na pequena cidade de Brochier neste domingo, dia 4, havia motos e motociclistas. E não é por nada, pois em sua sexta edição a Trilha do Carvão conseguiu reunir nada menos do que 3.451 pilotos, número confirmado somente após a última bateria. Isso porque um número tão grande exigiu que fossem feitas várias largadas.

Motociclistas de todo o Brasil pegaram gosto pelo terreno desta região, que tem barro, terra e pedras
Alan (número 27) não se intimidou largando entre os “motões”. Claro, o pai vinha logo atrás.

E neste universo de esportistas que vieram enfrentar os 3 graus em meio ao mato, havia de tudo. No acampamento que sob a neblina ainda tinha uma costela fumegando, o pequeno, mas experiente, Alan Eduardo Backes, de 12 anos, posava para fotos. Ele veio de São José do Hortêncio ao lado do pai Aurélio Backes e de amigos trilheiros. No currículo o moleque já tem participações em Ivoti, Três Coroas, Igrejinha e outras.

Tendo que ser piloto e mecânica, Tita tentou dar um jeito, mas ficou fora da brincadeira

E experiência nem quer dizer tudo, como provou a santa-mariense Rosa Silva, a “Tita”. Poucos minutos antes de iniciar sua bateria a moto “quebrou”, possivelmente bateria. Nem a ajuda de amigos e do esposo Leandro Barbosa, o “Chapolin”, adiantou. “Não tem jeito.
O negócio é não ir”, lamentou. O pior foi perder a diversão do Desafio da Saibreira, uma subida com cerca de 100 metros de barro e pedra.

 

Desafio da Saibreira é um “plus” no trajeto que rende risadas e vitórias

Essa é praticamente a reta final da Trilha do Carvão e faz uma verdadeira divisão. Do lado direito está a trilha do pinto, menos íngreme e acidentada. Mas a principal é a Trilha do Galo. Quem é “braço” subiu nesta, mesmo que os tombos e desistências tivessem sido inúmeros, para delírio do público que veio ver foi cara no barro. No fim todo mundo deu risada, pois trilha não é competição. É amizade e curtir a natureza.

Trilha do Carvão alcançou proporções nacionais

Quando o relógio se aproximava do meio-dia, Mateus Neis, um dos membros do Jeep Motoclube Doguinhos, entidade organizadora da Trilha do Carvão, comemorou aliviado. “Hoje a Capital do Carvão Vegetal está conhecida como a capital gaúcha do motociclismo off-road”, declarou. Ele diz que o salto de 2.600 inscritos em 2018 para os 3.451 superou as expectativas, apesar de ter seguido na tendência anual de 30% de crescimento.

Subida do Desafio da Pedreira realmente não é para fracos

Hoje a Trilha do Carvão é a maior do Rio Grande do Sul, e os três dias de eventos, feiras, shows, baile e acrobacias com motos, totalmente gratuitos ao público visitante, fomentou a economia de Brochier. A estimativa é que 20 mil pessoas tenha passado pel parque da Expofesta, sendo que no camping já gente na segunda-feira passada (29 de julho). Neis revela certa ansiedade ao ser questionado sobre as dimensões que alcançou aquela ideia que um grupo de amigos teve há seis anos.

Se não for para cair nem tem graça. Depois se conclui a subida do Desafio.

Inclusive, comentou que soubessem onde a Trilha chegaria, talvez não tivesse feito. A responsabilidade é grande e o trabalho para cada evento ocupa um ano inteiro. O lado a comemorar é o retorno que proporciona a todos, especialmente a entidades sociais que recebem doação em dinheiro. A edição de 2019 teve motociclistas vindos de todo o estado, além de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais.

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