O sossego habitual de Macega foi quebrado pelo ronco alto dos motores das motos na manhã deste domingo, 28. O som era o anúncio da largada da 2ª Trilha da Vitória, evento que levou mais de 300 motociclistas de diferentes partes do Estado para a localidade do interior de Maratá.
Foram 70 quilômetros de trilha, passando por propriedades rurais e pontos turísticos do Município, como a cascata que leva o nome da cidade. A trilha é uma organização do grupo de trilheiros “Agitadores do Barro”, que concebeu a primeira edição, no ano passado, através da união de amigos apaixonados pela prática. Deu tão certo, que virou evento anual, com a equipe já projetando o 3ª para abril de 2020.
E só deu “trilheiros raiz” no domingo, como bem definiu um dos organizadores, Juliano Martins, o Pelego. A trilha contou com a participação de motociclistas de municípios do Vale do Caí, Vale do Taquari e Vale dos Sinos. “Tem de tudo o que é lugar”, completou.
Pelego destaca que é paixão pelo esporte que fomenta essa união. “Eles vêm e aí a gente devolve as visitas”, disse, explicando como, nesse companheirismo, a prática vai se espalhando Rio Grande do Sul afora.
No Maratá, ele conta que foram cerca de seis meses de organização para o evento, preparando o terreno, escolhendo os melhores pontos e organizando os quatro desafios que esperaram os participantes pelo trajeto: dois morros, um banhado e uma estrutura montada com gangorra que garantiram uma injeção de adrenalina extra aos motociclistas.
Quem acompanhou de pertinho, mas sem se aventurar nas motos, foi o padre Cláudio Finkler. “A gente até sente vontade de ser jovem”, confidenciou. Ele concedeu uma benção aos participantes antes da largada. À reportagem, destacou a importância da união em eventos do tipo e a valorização ao turismo de Maratá, com os trilheiros de longe tendo tido a oportunidade de conhecer as belezas do interior do Município.
A fé também se fez presente entre o grupo do motociclista Gustavo Coitinho, de Lajeado. Enquanto todos se aprontavam para a largada, ele e os companheiros, já equipados para a atividade, reuniram-se em círculo de oração. “Nós somos evangélicos. Sempre oramos antes, pedindo para Deus nos guardar na trilha e guardar as nossas motos”, contou, ainda antes de partir para os 70 quilômetros de aventura que o aguardava. Uma manhã de fé, amizade, emoção e, claro, muito barro.
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