Crianças e jovens realizaram trabalhos de diversas áreas e aprofundaram os seus conhecimentos além da sala de aula
Alunos do Colégio Estadual Ivo Bühler (CIEP) tiveram um novo desafio de pesquisa e conhecimento neste ano. Durante toda essa terça-feira, 3, eles apresentaram os resultados de seus trabalhos na 1ª Feira Multicultural, que envolveu estudantes do 1º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio dos turnos diurnos da escola.
Os trabalhos das turmas das séries iniciais tiveram temas direcionados, os demais escolheram assuntos possíveis de serem pesquisados, podendo ser de qualquer disciplina estudada em sala de aula. Os processos de pesquisas foram realizados dentro da escola, com o aproveitamento do contraturno escolar, mas outros tiveram aprofundamentos externos.
Conforme os professores responsáveis, Aline Pereira, Joana Bosqueroli e Marcos Antônio, os 42 trabalhos são avaliados a partir da criatividade, trabalho em equipe, organização e conhecimento do assunto. “É um incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento cultural dos estudantes”, diz Joana sobre os resultados do projeto.
A partir de agora, a intenção é dar continuidade à Feira Multicultural durante os próximos anos. Para os professores, há certa resistência dos alunos durante a pesquisa, no entanto, quando os resultados são apresentados eles (estudantes) se dão conta do que são capazes e gostam do conhecimento adquirido.
Após o conteúdo ser debatido em aula, as alunas se interessaram em saber mais sobre o ciclo da água. Segundo as estudantes, a intenção delas é mostrar às pessoas a importância de cuidar da natureza e da água, para que todos tenham consciência disso. “Tem muito lixo no chão e muita gente não se importa com a natureza. Não fazem a sua parte”, afirmam.
O trabalho das alunas estava relacionado com a infraestrutura dos transportes no Brasil. Outros grupos pesquisaram os demais meios de transporte. Sobre o ferroviário, as alunas do 2º ano do Ensino Médio retrataram o surgimento da modalidade no País. Conforme as colegas, as ferrovias são mais comuns nas regiões sul, sudeste e nordeste. Além disso, elas confirmam que o sistema é mais seguro e barato que os demais, no entanto, com o tempo passou a transportar mais cargas que passageiros.
Depois de constatar que o tema da violência sexual é “calado” em algumas famílias, Nicole quis ir além das pesquisas para o trabalho. A aluna assistiu depoimentos na internet e buscou números da violência sexual no país e no mundo. “Quis abordar o assunto para que as pessoas saibam como este tipo de abuso acontece e que ele pode estar bem perto das pessoas”, diz. Nicole diz que a sua família já debate sobre o tema para saber como ficar longe desse problema. A jovem quer ir além e alertar as pessoas sobre este perigo. “Se assim vivemos em uma sociedade com violência sexual e tantas outras, imagina daqui pra frente”, aponta.