19 meses após assassinato de Marcelinho, inquérito ainda não foi concluído

REPRODUÇÃO SIMULADA dos fatos é aguardada para encerrar investigação

Nesta quarta-feira, dia 10, completam 19 meses da morte de Marcelo Júnior dos Santos Teixeira, o Marcelinho. Ele faleceu aos 18 anos, atingido por disparo de arma de fogo. Passado mais de um ano e meio, a família do jovem ainda espera esclarecimento dos fatos que envolveram o homicídio. O Instituto Geral de Perícias do Estado (IGP) aprovou o pedido, encaminhado, em outubro de 2020, pela Defesa do caso, para que seja feita reconstituição simulada dos fatos. A Polícia Civil aguarda a execução do procedimento para concluir o inquérito e remetê-lo ao Ministério Público.

O IGP classificou o pedido de perícia como de alta prioridade. Porém, ainda não há data definida para a realização. Conforme o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia de Montenegro, responsável pela investigação, André Roese, a PC aguarda essa diligência para concluir seu relatório. Já em relação a perícia solicitada para o telefone celular de Marcelo, o delegado não prestou informações.

A Brigada Militar também abriu investigação para apurar a conduta do agente que teria efetuado o disparo que vitimou o rapaz. O Inquérito Policial Militar (IPM) foi encaminhado para o Tribunal Militar. Mas, por se tratar de um caso de homicídio, ainda em 2021, o Tribunal declinou a competência para a Justiça comum.

O IPM foi encaminhado ao Ministério Público de Montenegro no final do ano passado, conforme informado pela assessoria de comunicação do Tribunal Militar. Contudo, um erro no processo de digitalização do material fez com que o MP tivesse de solicitar novo encaminhamento, o que ainda não ocorreu.

Conforme a promotora da 1ª Promotoria de Justiça de Montenegro, Maristela Schneider, ambos os inquéritos (da Polícia Civil e da Brigada Militar) deverão ser analisados em conjunto, para que seja formada a chamada “opinio delicti”, ou seja, opinião sobre o delito. Posterior a isso, se for o caso, poderá ser oferecida denúncia pelo crime de homicídio qualificado, caso seja este o entendimento do MP.

“Pra nós, não interessa quem deu o tiro, a gente só quer que a verdade seja contada”, desabafa Rafaela Silva, madrasta de Marcelinho. “Acho que só vamos ter um pouquinho de paz no dia em que a verdade sobre o que aconteceu for contada”, pontua Rafaela.

Marcelo Júnior Teixeira. Foto: reprodução Facebook

Caso Marcelinho
O jovem Marcelo Júnior dos Santos Teixeira foi morto, na madrugada de 10 de janeiro de 2021, no bairro Santo Antônio, ao ser atingido por um tiro efetuado por um PM, durante perseguição à motocicleta na qual estava de carona. O condutor não obedeceu as ordens de parada, em uma tentativa de abordagem da Brigada Militar, e entrou em fuga.

Conforme a Polícia, os jovens estariam em atitude suspeita e teriam deixado cair drogas durante a fuga. A família de Marcelo defende que o jovem não apresentava conduta que apontasse para envolvimento com entorpecentes.

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