143 acidentes registrados de janeiro a julho deste ano

Números referem-se a ocorrências verificadas em vias urbanas, onde a velocidade máxima permitida é de 40 Km/h

Nos primeiros sete meses do ano (de janeiro a julho), Montenegro registrou 143 acidentes de trânsito, isso apenas nas vias urbanas. Destes, 95 casos foram com lesões corporais, quando a vítima fica ferida, e outros 48 com danos materiais. Os dados são do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM). Ainda neste mesmo período, a BM não registrou acidentes com morte.

Segundo a corporação, nas vias urbanas de Montenegro, entre os meses de janeiro a julho, não houve atropelamentos com morte. Porém, no mesmo período, foram sete atropelamentos onde as vítimas ficaram feridas. Três destes casos aconteceram no Centro, dois na Timbaúva, um no bairro Tanac e outro no São João.

Na faixa etária das vítimas, predominam os jovens, até 30 anos – quatro destes atropelamentos registrados na cidade foram de pessoas com 23 a 30 anos. Outras três vítimas foram pessoas entre 55 e 63 anos. O turno em que mais foram registrados atropelamentos é a manhã, quatro no total, e outros três à tarde.

Para Valmir, o que falta, tanto para motoristas como para
pedestres, é respeito ao Código

Valmir Rodrigues Kossmann acredita que falta respeito de ambos, tanto do motorista quanto do pedestre. “Vejo que muitos motoristas não respeitam a sinalização e passam quando o sinal já fechou. Também não respeitam quando o pedestre ‘tá’ atravessando a faixa”, descreve. Para ele, é preciso um pouco de cada um para que o trânsito tenha um fluxo seguro.

Alex Sandro da Silva, diretor de Trânsito, explica que o setor faz um levantamento da necessidade de sinalização nos pontos em que mais acontecem acidentes. “Hoje temos uma acidentabilidade até bem controlada, nada muito relevante, somente por desatenção”, afirma.

Em relação ao ano passado, quando o setor chegou a registrar em apenas um mês o índice de 46 acidentes, em julho (neste ano a média é de 20 por mês), o diretor afirma que se percebe um declínio. “Naquelo que temos acesso, que são os números da BM, nós temos um número bem menor de acidentes em relação ao ano passado e retrasado”, completa.

Ainda, segundo o responsável pela pasta, a melhor forma de prevenir os acidentes é a educação dos motoristas. “Indiferente de ter ou não uma placa de Pare em um cruzamento, sabemos que devemos reduzir a velocidade, que temos que respeitar o direito do pedestre ao passar na faixa, que temos que ter mais cuidado ao atravessar a via e sinalizar com a seta no veículo. Acredito que 99% dos acidentes poderiam ser evitados se as pessoas tivessem um pouco menos de pressa e mais educação nas ruas”, acrescenta o diretor, propondo uma reflexão a todos.

RS teve 4,2 mil atropelamentos com morte na última década
No início deste mês, o Detran/RS apresentou um levantamento que mostra que 4.226 pedestres morreram de janeiro de 2007 a junho de 2017 – número que é parcial. Mais da metade dos atropelamentos (2.314) aconteceram em vias municipais. Distribuídos proporcionalmente entre os dias da semana, há uma incidência um pouco maior nas sextas-feiras, sábados e domingos.

SEGUNDO o diretor Alex, número de acidentes em vias urbanas reduziu em relação ao ano passado

O turno da noite, a partir das 18h30min, concentra a maioria das ocorrências (cerca de 45%). Os veículos que se envolvem mais em acidentes com pedestres são automóveis (39%), seguidos de motos e motonetas (17%) e caminhões (13%).

As maiores vítimas são idosos acima dos 65 anos, que representaram 30% do total de mortos em atropelamentos.
No período, morreram no trânsito 679 pedestres entre 65 e 74 anos e 601 com mais de 75 anos. As crianças também demandam atenção. Duzentos pequenos de 0 a 10 anos morreram na condição de pedestres entre 2007 e 2017. As mulheres, que no geral são cerca de 20% das vítimas no trânsito, entre os pedestres mortos no período, são 33%.

Educação estimula redução
Para o capitão Luis Henrique Suzin, da BM, ainda existe um grande caminho a ser percorrido para que Montenegro seja exemplo de trânsito consciente. De acordo com ele, as principais causas de acidente na cidade são a alta velocidade, pressa, ultrapassagens mal sucedidas e desrespeito à sinalização de trânsito. “Para que Montenegro seja considerada modelo de educação no trânsito, é preciso respeitar a sinalização, legislação e, principalmente, reduzir a velocidade”, defende.

Mas não são somente os motoristas que devem ter cuidado: os pedestres também devem respeitar a sinalização. Segundo o capitão, a Brigada Militar possui um projeto para levar educação no trânsito às escolas, mas a falta de verbas impede.

De acordo com a Secretaria de Educação, nas escolas da rede municipal, são oferecidas atividades de educação para o trânsito. No início do ano, é encaminhado um projeto comum a toda a rede e os educandários adaptam a proposta a sua realidade. Na Semana do Trânsito, de 18 a 25 de setembro, as escolas intensificam as ações com visitas ao CFCs; palestras com a Diretoria de Trânsito e Conselho Municipal.

De acordo com a disponibilidade de material, a Diretoria de Trânsito revitaliza as pinturas e circuitos de trânsito nas escolas. As atividades têm a participação da Brigada Militar e da Polícia Rodoviária Estadual.

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