O Ministério da Saúde anunciou que já no primeiro trimestre de 2021 pode iniciar a vacinação contra a Covid-19 no Brasil. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa nessa quinta-feira, 8. “Nós já temos garantido para o primeiro semestre de 2021 o acesso a 140 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 para aderir ao nosso Programa Nacional de Imunizações”, explicou o secretário-executivo Elcio Franco. Essas doses representam cerca de 42 milhões de doses da vacina Covax Facility e 100 milhões da Astrazeneca/Oxford.
“A perspectiva de termos resultados do estudo clínico de Fase III em novembro ou dezembro. Em janeiro de 2021, estaremos recebendo o ingrediente farmacêutico ativo e estaremos finalizando essa produção na Fiocruz”, explica a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade. No segundo semestre o País deve ter acesso a outras 165 milhões de doses sendo que, no segundo semestre, a produção deverá ser totalmente nacional. Os esforços estão sendo mobilizados para que 100% dessas doses seja distribuída gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde.
Essa perspectiva existe devido à adesão do Ministério da Saúde ao Instrumento de Acesso Global de Vacinas COVID-19 (Covax Facility). Isso irá permitir que o Brasil tenha, entre suas opções, pelo menos mais nove vacinas em desenvolvimento liderados por nove laboratórios: Inovio, Moderna, Curevac, ThemisMerk, Oxford/AstraZeneca, Novavax, Universidade Queensland, Clover e Universidade de Hong Kong. Desta forma, assim que concluída uma vacina de comprovada eficácia e segurança, o País poderá imunizar os grupos de risco da doença a partir de 2021. O ingresso no esforço internacional dependeu de um investimento federal de R$ 2,5 bilhões.
Os grupos prioritários estão sendo definidos por uma câmara técnica e a expectativa é que essa definição seja fechada entre novembro e dezembro. Já foi divulgado pela Fiocruz, que a contratação das doses da Covax tem o objetivo de atender pelo menos 10% da população brasileira.
Campanha da Covid-19
Outro anúncio feito pelo Ministério da Saúde, foi em relação à forma como ocorrerá a imunização. A novidade para esta campanha de vacinação é que o cidadão será identificado, através do número de CPF, a fim de permitir o monitoramento e rastreabilidade das pessoas vacinadas. “E se nós não tivermos o controle, o paciente pode tomar a primeira dose da vacina A e nós precisamos evitar que ele tome, na segunda dose, a vacina B”, afirma o diretor do DataSUS, Jacson Barros.