Duas guarnições da Brigada Militar se deslocaram até a sede da Câmara de Vereadores, junto a beira do rio, em Montenegro, na noite desta quinta-feira, 30. O presidente da Câmara, vereador Talis Ferreira, interrompeu a sessão ordinária quando tinham transcorridos cerca de meia hora da reunião. A vereadora Fabrícia Souza pediu um aparte e por questão de ordem, informando que era a quinta sessão que se sentia perseguida por um homem que se encontrava no auditório. “Peço que o senhor tome alguma providência. Não me sinto confortável em meu local de trabalho” declarou, alegando se sentir intimidada e recebendo a solidariedade dos colegas.
A sessão ficou interrompida por cerca de 40 minutos. Fabrícia relatou aos PMs presentes sobre o ocorrido, sendo registrada uma ocorrência por ameaça e perseguição. Conforme os PMs, o indivíduo acusado da perseguição deixou o local. “Todas as quintas-feiras, um vizinho, que me denunciou sobre cestas básicas, vem aqui me intimidar. Fica me encarando e ameaçando em meu local de trabalho. Também fica na rua na volta do meu carro”, diz, citando que já pediu medida protetiva para a Justiça e o caso será levado ao Ministério Público.
Em dezembro Fabrícia foi absolvida em ação sobre supostas doações de cestas básicas durante a campanha. A denúncia tinha feita por um vizinho, Leandro Fontoura, com gravações de vídeo. Ele nega perseguição e intimidação contra a vereadora. “Apenas vou nas sessões porque me interesso pela política do município. E estarei em todas as sessões. Conversei com os agentes da Brigada Militar, que me pediram para se retirar. Mas não existe nada que me proíba. Sou um cidadão de bem, que denunciou irregularidades”, declarou.