Vamos às minhas histórias “infantojuvenis”. Gosto de contá-las. Prefiro a inocência das crianças à arrogância dos adultos. Quem dera todos tivessem a pureza juvenil e não o pessimismo de quem sempre enxerga o mundo pelo lado negativo. Cuidado, isso está a um passo da depressão. É preciso tratamento. Mas vamos à história.
Como já disse outras vezes, cresci no bairro Municipal. Minha infância foi ali assistindo aos jogos do Grêmio Esportivo Municipal aos domingos. Era o único divertimento antes da Netflix e do Facebook. A sede do time e o gramado eram cuidados como se fosse a sua casa pelo seu Frido. Fredolino Berens, um senhor magrinho, franzino, mas de uma dedicação ao clube que faz corar alguns trabalhadores de hoje. Isso que ele não recebia nada por isso. Fazia por amor, era sinônimo de Municipal. Estava sempre com uma enxada nas costas dando um trato no tapete verde do estádio. Se jogar uma enxada entre alguns hoje, dá correria.
Assisti desfilar naquele gramado times amadores de qualidade, que deixam saudades quando vejo os times profissionais de hoje. O campeonato municipal de futebol era formado por várias equipes sob o comando da Liga Montenegrina dirigida pelo Neneco. Um dos times que marcou minha memória foi um segundo quadro, como eram chamados os aspirantes naquela época. Lá se vão mais de 40 anos e lembro-me perfeitamente da escalação: Bernardino, Goiaba, Tostão, Celso e Luís Paulo, Aroldo, (saudoso mano do Heraldo) Heraldo e Gerson Cabral, Falcãozinho, Carlinhos e Paulo Valdir. Neste time ainda jogavam o Juliano (que depois virou profissional no Time do Noroeste de SP) na zaga, o Cajinho Turiba,o Elpídio, o nego Calo e o Marcelo Rodrigues (sim, ele o atual advogado do controle interno da prefeitura e PGM em outras administrações) e jogava bem.
A torcida lotava os bancos aos redor do alambrado. Dava gosto assistir, o time era muito bom. Jogava por música. Os jogadores se conheciam pelo olhar. Era imbatível. Era um “toca e me voy”. Era o tic tac antes do Barcelona. A simbiose era perfeita.
Como tem sido a administração Zanatta e Cristiano. Contra todos os prognósticos dos pessimistas que circundam o café comercial, prefeito e vice, PTB e MDB têm mostrado uma combinação como não se via há muito tempo no Palácio Rio Branco. Não só eles, mas toda equipe está ajustada.
O respeito e a atuação de cada um, dentro das suas obrigações, tem sido uma marca deste novo governo. Alguns deram “seis meses” para que a harmonia se quebrasse. Ao contrário o que tem se visto, esta parceria que iniciou bem antes da eleição, só tem crescido. Cristiano Braatz tem sido um fiel e leal companheiro do prefeito Gustavo Zanatta, participando de tudo e contribuindo para o acerto de muitas decisões até aqui. Ganha a cidade. Ganha o cidadão que não suporta mais vaidades em detrimento do coletivo. Tanto é que estão juntos em Brasília buscando recursos para nossos projetos. Ganha o próprio prefeito, pois tem ao seu lado alguém que pode confiar e que não vai tramar sorrateiramente para sentar na sua cadeira. E você sabe que confiança hoje em dia é complicado, ainda mais em política. Porém prefeito e vice têm administrado a quatro mãos em favor de Montenegro. A simbiose é perfeita, para o desespero da turma do quanto pior melhor.