Não orna nem conjumina

Minha sogra é paranaense. Do litoral do Paraná, da bela cidade de Antonina. Lá se come um maravilhoso barreado, prato típico feito nos moldes do Puchero gaúcho. É paranaense daqueles que falam “LeitE QuentE.

Não sei se todos nascidos no Paraná tem os hábitos que ela tem como, por exemplo, gostar de Café com abacate. Ou melancia com farinha de mandioca. São costumes, digamos assim, exóticos.
Algumas expressões ditas por ela eu confesso que achava estranho. Às vezes ela dizia:
– “Vladi, isso não orna contigo” ou “Esta calça não conjumina com teu casaco”. Hã?? O quê? É de comer este negócio? Me dá dois desses aí… Até entender que ela queria dizer que não estava combinando eu já havia pensado mil coisa a respeito.

Mas minha sogra é quase uma mãe pra mim. Pessoa iluminada, com personalidade forte e liderança espiritual na minha vida e da minha família. Nos quase 40 anos de convivência com ela aprendi muito e ainda aprendo.

Um dos maiores ensinamentos neste tempo todo de convivência foi de ter sempre palavras positivas na ponta da língua. Nunca ouvi sair da sua boca um palavrão. Nunca assisti uma discussão áspera com agressões entre ela e meu falecido sogro.

Ao chegar à sua casa é raro às vezes em que não esteja ouvindo músicas gospel. Aliás, acho que ela nunca escutou uma rádio Grenal, rádio Guaíba ou Antena 1. Só música religiosas, só louvor.
E sempre palavras de incentivo e positivas saem da sua boca. Talvez por isso esteja completando 69 anos esta semana com a disposição de deixar jovens de hoje corados de vergonha.

A palavra tem poder. Esta é uma afirmação verdadeira, pois para quem crê, o mundo veio a existir pela palavra: O Criador disse: haja luz. E ouve. Então cuidado com o que sai da sua boca.

Esse foi um dos motivos pelo qual saí das redes sociais, pois no meio virtual nos tornamos Leões, enquanto na vida real somo menos que um gatinho. E estava entrando na onda e discutindo pelo teclado com quem não merece resposta, pois o tempo e a própria vida se encarregam de responder. Aliás, este foi outro ensinamento que recebi da dona Mara: O tempo é o senhor da razão. O tempo se encarrega de mostrar a verdade. Às vezes você é atacado por alguma posição ou pensamento e depois o tempo mostra que estava certo. Ontem mesmo recebemos noticia a este respeito, mas voltando ao poder da língua, nós atraímos aquilo que verbalizamos.

Se quisermos coisas boas precisamos profetizar coisas boas. Se, ao contrário, tudo sempre está ruim, tudo sempre é negativo, certamente teremos respostas ruins e negativas.

Em casa, no trabalho, na vida social sempre temos que pensar positivo e expor publicamente isso através da palavra. Jamais chame seu filho de “capeta”, “desgraçado”, “danado”. São expressões negativas que atraem esta negatividade e muitas vezes o futuro apresenta uma resposta que nos causa dor.
Afirmações tipo: – “ Tu nunca vai se endireitar, não vai ser nada na vida”. Ou “só saio daqui morto” são palavras soltas que aparentemente não possuem poder algum, mas que devemos evitar saia da nossa boca.

Quando no primeiro dia do Governo Zanatta o prefeito foi perguntado sobre qual seria um dos legados desta administração a resposta foi: “ Quero fazer as rotulas da RSC287 e resolver o problema da travessia para o Bairro Santo Antônio”. Eu quero fazer. Eu quero resolver. E estamos fazendo. Palavras positivas e afirmativas sem olhar para as varias tentativas de atrapalhar, as varia vezes que ouvimos palavras contrarias e até torcida para que não tivéssemos êxito. Claro que ouve muito trabalho até a solução mas tudo iniciou com afirmações positivas saídas do Prefeito.

Sucesso não orna com palavras torpes saindo da nossa boca. A vitória não conjumina com pensamento negativo. Pense nisso.

Últimas Notícias

Destaques