Marcas roxas nas pontas dos dedos

Sou do tempo do Mimeógrafo. Muitos dos leitores terão que se socorrer do Google para conhecer o dito cujo. Perdi a conta de quantas vezes imprimi edições do “TIMBAÚVA”, primeiro jornal interno do Colégio Polivalente. Eu, o Timóteo Machado, o Pedro Delmar e o Serginho éramos da diretoria do Grêmio Estudantil que na época não podia chamar de Grêmio Estudantil então era “Centro Cívico”.

Sob a coordenação da professora Neusa de OSPB, Informávamos através do jornalzinho impresso no mimeógrafo. O cheiro de álcool e as marcas roxas nas pontas dos dedos jamais saíram da minha cabeça. Fizemos festa quando começamos a utilizar máquina de escrever e quase enfartamos de alegria com as máquinas elétricas. O papel carbono foi deixado de lado.

Depois, meu primeiro computador foi um Apple TK1000. A memória era um disquete de 5 polegadas. Evoluí para um AT286 com HD cujo armazenamento era do tamanho de uma frase no Word.

Seguindo minha evolução tecnológica adquiri um AT386, depois 486, 586, Pentium até chegar ao meu brinquedo atual, um smartfone que substitui todas as parafernálias de um PC e além de fazer ligação tem caneta que escreve na tela, câmera fotográfica de última geração, sensor de digital, aplicativos por voz e ainda armazena tudo na nuvem. Ah falando em celular, meu primeiro telefone portátil foi um Motorola do tamanho de um tijolo de seis furos e tinha que andar com duas baterias reservas. Santa tecnologia, bendito avanço. Bendita Ciência.

A melhoria contínua é algo comum na iniciativa privada. É alvo a ser perseguido por qualquer administrador minimamente competente. É óbvio que é nosso objetivo também. Tem sido pauta constante da equipe do prefeito Zanatta nestes poucos meses a frente da administração municipal.

O avanço nos processos internos e o enfrentamento de questões históricas são similares a troca de um Pentium por um processador dual core de cinco núcleos. É um choque. Doloroso muitas vezes. Existe resistência num primeiro momento, necessita adaptação e algumas vezes parecem que o antigo era mais fácil, mas depois de compreendido, não queremos retroceder pois as vantagens são enormes. Nosso desafio é equilibrar o ímpeto da juventude com a experiência dos cabelos brancos. Neste quesito o prefeito teve muitos acertos.

Modernizar processos e ferramentas de gestão é algo que queremos deixar às futuras administrações do município. Temos visitado diversas cidades buscando exemplos na administração publica. Cidades como Gramado, Lajeado, Estância Velha, Novo Hamburgo, Teutônia, entre outras, são benchmarking em algumas áreas e aos poucos vamos incorporando as suas melhores práticas ao nosso dia a dia.

Queremos no final deste primeiro mandato deixar marcado aos moradores de Montenegro ações que jamais sairão de suas memórias e que gravem o nome da Administração Zanatta & Cristiano para sempre na história política do nosso município. Assim como o cheiro de álcool e a marca roxa do carbono na ponta dos dedos deixados pelo mimeógrafo. Sugestões são sempre bem-vindas.

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