A passarela da cabeça

No início dos anos 80, eu trabalhei na Viação Montenegro, que, aliás, foi meu primeiro emprego formal e onde aprendi muito. Principalmente porque precisava saber se relacionar com pessoas. O mais difícil era manter-se de pé no centro do corredor do ônibus enquanto fazia as cobranças e gritava: “mais um passinho ao fundo, por favor”.

Neste tempo, lembro-me de algo que ficou marcado na minha memória e que foi manchete nos principais jornais e telejornais da época. Encontraram uma cabeça humana na passarela do avião, que passou a ser conhecida como “Passarela da cabeça”. Agora, imagina você sair para trabalhar de madrugada e “dar de cara” com uma cabeça humana jogada no piso de uma passarela!

Nunca entendi como uma pessoa pode ter a coragem de cortar a cabeça de outra. Quando era criança, ficava com “pena” das galinhas criadas no nosso pátio, degoladas por meu pai. Que dirá de um ser humano, uma vida humana. Aliás, acho que vem daí o motivo pelo qual não gosto de frango como alimento.
Cortar cabeças, nos anos 80, não era rotina como atualmente, em que o crime organizado manda no país. Talvez até fosse, só não existia rede social para divulgar. Cortar cabeças humanas deveria chocar a todos, mesmo que seja uma prática dos grupos terroristas do Oriente Médio. Ninguém merece ter a sua cabeça separada do corpo, isso é muita crueldade. É algo demoníaco. É total falta de humanidade.

Ainda mais crianças, como os terroristas do Hamas fizeram no início deste mês em Israel. Além de decapitar bebês e crianças, arrancaram fetos de mulheres grávidas, assassinaram filhos na frente dos pais e mataram famílias inteiras, que morreram abraçadas e crivadas de balas de metralhadoras. Invadiram condomínios e uma festa e saíram matando jovens como se fossem baratas.

Não podemos chamar de humanos este tipo de gente. São animais. São bestas que devem ser tratadas como tal. Não há argumento que minimize o sentimento de quem tem o mínimo amor pela vida, seja ela de qualquer raça, cor ou religião. São terroristas que usam civis de escudo humano. São terroristas que não querem a paz. São terroristas que torturam reféns. Paz é o que não querem.

Estive estudando um pouco mais sobre o conflito judeu-palestino e descobri que os palestinos negaram nada menos do que cinco propostas de paz e convivência entres os dois Estados. Desde 1948, quando foi criado o Estado judeu, há uma guerra para tentar aniquilar os judeus da face da Terra.

Nada, nem mesmo o argumento palestino de que foram expulsos de sua terra – o que não é verdade, basta consultar a História – justifica invadir um país e sair cortando cabeças de civis, principalmente de crianças.
Não sou de ficar em cima do muro e, nesse caso, estou do lado de Israel, pois com Terror não se discute. Com terroristas, não há dialogo. O conflito está longe de ser resolvido e, infelizmente, mais vidas humanas serão perdidas, tanto palestinas quanto judias. Mais civis inocentes serão sacrificados para satisfazer a bestialidade de tiranos que mandam cortar cabeças, e ainda registrar pelas lentes de suas go-pro, enquanto bebem um Romanée Conti de sua cobertura, em Dubai. Shalom.

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