Nesta terça-feira, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) completa 34 anos de história. Estaríamos celebrando este 4 de junho, não fosse a situação de excepcionalidade vivenciada pelos gaúchos. Já são 40 dias de enfrentamento da maior catástrofe climática registrada no Rio Grande do Sul.
Era fim de abril quando as primeiras chuvas intensas começaram a atingir o Estado. O mês virou, e testemunhamos as águas do Guaíba avançarem pelo Centro Histórico de Porto Alegre, tomando os arredores do Mercado Público, para, enfim, chegarem ao prédio onde está localizada a sede da Fepam.
Desde então, direcionamos nossos esforços à resposta ao desastre. Valendo-se da expertise das cheias no Vale do Taquari, estruturamos um comitê de crise multidisciplinar para gerenciar demandas relacionadas ao evento. De imediato, carros, embarcações e equipes foram disponibilizados para resgates, distribuição de donativos e restabelecimento de serviços essenciais.
Considerando o estado de calamidade pública, adequamos prazos e procedimentos à realidade imposta pela crise, salvaguardando o monitoramento ambiental. Já são 25 novas normativas vigentes. A mais recente delas dispensa de licenciamento a construção dos Centros Humanitários de Acolhimento (CHA).
Por terra e ar, com apoio de drones e helicópteros, focamos na avaliação de locais potencialmente contaminados e no suporte a municípios para definição de áreas para disposição de resíduos. Realizamos visitas de caráter orientativo a mais de 100 empreendimentos.
Em diversas frentes, seguimos mobilizados. Por isso, a passagem deste aniversário não poderia ser diferente: a Fepam estará ao lado do povo gaúcho, garantindo pronta resposta à sociedade. Os desafios são muitos, mas confiamos que estamos credenciados a superá-los a partir da trajetória de pioneirismo e inovação construída pelos servidores por mais de três décadas. Seremos parte ativa no processo de reconstrução do Estado. Afinal, como sublinha nosso slogan, cuidar do Rio Grande é da nossa natureza.