Temos quatro evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Havia mais. Pois muita gente tentou reunir tudo o que se contava nas comunidades sobre Jesus (Lc 1,1-3). Mas, de todos eles, só quatro foram conservados no Novo Testamento. Durante o Ano B (ano litúrgico que estamos vivendo) somos convidados a ouvir o evangelho de Marcos na maioria das nossas celebrações.
Um evangelho é como uma pintura que alguém faz de seu amigo. O evangelista pinta ou expressa a experiência libertadora que ele teve do amigo Jesus. Mas ele pinta pensando na comunidade e em seus problemas. Escreve para ajudá-las e dar-lhes uma boa notícia.
Jesus morreu em torno do ano 30-33. Marcos escreve em torno do ano 70. As comunidades já viviam espalhadas por toda a parte do Império Romano. As comunidades para as quais Marcos escreve já conheciam as histórias sobre Jesus, pois havia quase trinta anos que elas as escutavam e meditavam nas suas reuniões e celebrações. O novo de Marcos era o seu jeito de arrumar e contar as coisas. Pela sua maneira de descrever as palavras e as histórias de Jesus, ele as transformou em espelho. Queria que as comunidades, lendo o evangelho, descobrissem nele como ser discípulo e discípula de Jesus. É por isso que o seu evangelho dá um destaque tão grande aos discípulos.
Como a Nuvem no Antigo Testamento, em seu Evangelho, Marcos joga com o velar e o desvelar. Chama a atenção o destaque ao tema da pessoa de Jesus, mais ainda que seu ensinamento e milagres, e a reação do povo a sua resposta. O mistério de Jesus, o Jesus misterioso. Marcos possui a luz da ressurreição, mas ao longo do seu relato não abusa dessa luz esplendorosa; ao contrário, apresenta os homens cegados e ofuscados, mais que iluminados.
Um dos títulos mais bonitos que os primeiros cristãos encontraram para descrever a missão de Jesus foi o de “Defensor”. Em Hebraico, diziam Go’êl. Este termo designava o parente mais próximo que devia resgatar seus irmãos e suas irmãs ameaçados de perder seus bens. No Novo Testamento, este termo recebe traduções variadas: salvador, redentor, libertador, advogado, consolador… Jesus é o irmão mais velho, que assumiu a defesa e o resgate da sua família, do seu povo. Ele veio ajudar seus irmãos e suas irmãs, para que pudessem viver novamente em fraternidade. Foi este o serviço que ele prestou a todos nós. Foi assim que realizou a profecia de Isaías que anunciava a vinda do Messias Servo. E ele mesmo dizia: “O filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10,45).
Leandro Luiz Ludwig-Vigário Paroquial
PROGRAMAÇÃO
02.02.2018 – Sexta-feira
18h30 – Missa na Catedral com Benção de São Brás
20h- 3ª Noite do Tríduo na Comunidade Na. Sra. dos Navegantes – Celebrante Dom Carlos Rômulo
03.02.2018- Sábado
16- Procissão com saída da Comunidade Na. Sra. dos Navegantes até a Catedral
17h- Missa na Catedral com Benção de São Brás
04.02.2018- Domingo
07h- Missa na Catedral
08h- Saída a pé da Catedral com a Imagem de Na. Sra dos Navegantes até o Cais do Porto e segue de carro até Porto Pereira
08h30- Vigília e Reunião preparatória para o 76º Cenáculo de Maria em Brochier
09h- Missa na Catedral com batizados
10h- Missa Festiva na Comunidade Na.Sra. dos Navegantes, após almoço e a tarde festejos populares
19h- Missa na Catedral
05.02.2018 – Segunda-feira
19h30Ensaio de Cantos e Formação Litúrgica – Ciclo de Páscoa Montenegro – Timbaúva
06.02.2018 – Terça-feira
18h30 – Missa na Catedral com benção da saúde
07.02.2018- Quarta-feira
18h30- Missa na Catedral
19h30 – Benção do Santíssimo na Catedral
20h- Encontro de Oração da R.C.C. na Catedral
08.02.2018– Quinta-feira
18h30- Missa na Catedral