O tema central da liturgia deste domingo (27 de fevereiro) convida-nos a refletir sobre esta questão: aquilo que nos enche o coração e que nós testemunhamos é a verdade de Jesus, ou são os nossos interesses e os nossos critérios egoístas?
O Evangelho dá-nos os critérios para discernir o verdadeiro do falso “mestre”: o verdadeiro “mestre” é aquele que apenas apresenta a proposta de Jesus gerando, com o seu testemunho, comunhão, união, fraternidade, amor; o falso “mestre”, ao contrário, é aquele que manifesta intolerância, hipocrisia, autoritarismo e cujo testemunho gera divisões e confusões: o seu anúncio não tem nada a ver com o de Jesus.
Todos nós, de uma forma ou de outra, somos chamados a dar testemunho da nossa fé e da proposta de Jesus. Esta reflexão sobre os verdadeiros e falsos “mestres” não é, portanto, algo que apenas diga respeito à hierarquia da Igreja, mas a todos os cristãos. Trata-se, portanto, de uma reflexão sobre a verdade ou a mentira do nosso testemunho. Como é o nosso testemunho? Identifica-se com a proposta de Cristo?
Pode acontecer que a radicalidade do Evangelho de Jesus seja viciada pela nossa tendência em “suavizar”, “atenuar”, “adaptar”, de forma a que a mensagem seja mais consensual, menos radical, mais contemporizadora… Não estaremos, assim, a retirar à proposta de Jesus a sua capacidade transformadora e a escolher um caminho de facilidade?
Também pode acontecer que anunciemos as nossas teorias e as nossas perspectivas, em lugar de anunciar Jesus e as suas propostas. Mais grave ainda: é possível atribuir a Jesus mandamentos e exigências que desvirtuam totalmente o sentido global das propostas que Jesus fez. Isso constitui uma grave perversão do Evangelho; e daí resulta, tantas vezes, opressão, medo, escravatura, em nome de Jesus. Isto tem acontecido, com frequência, ao longo da história da Igreja… É preciso, pois, um permanente confronto do nosso anúncio com o Evangelho e com o sentir da Igreja, a fim de que anunciemos Jesus e não traiamos a verdade da sua proposta libertadora.
Podemos também correr o risco de deixar que o sentimento da nossa importância nos suba à cabeça; então, tornamo-nos arrogantes, exigentes, intolerantes, convencidos de que somos os únicos senhores da verdade. Com alguma frequência ouvem-se nas nossas comunidades cristãs frases como “aqui quem manda sou eu” ou “eu é que sei; tu não percebes nada disto”. Sempre que isso acontecer, convém interrogarmo-nos acerca da forma como estamos a exercer o nosso serviço à comunidade: estaremos a veicular a proposta de Jesus?
A história da trave e do cisco convida-nos a refletir sobre a hipocrisia… É fácil reparar nas falhas dos outros e enveredar pela crítica fácil que, tantas vezes, afeta a reputação e fere a dignidade das pessoas; é difícil utilizar os mesmos critérios de exigência quando estão em causa as nossas pequenas e grandes falhas… Somos tão exigentes conosco como somos com os outros? Temos consciência da nossa necessidade permanente de conversão e de transformação?
PROGRAMAÇÃO
25.02.2022– Sexta-feira
18h30- Missa na Catedral
26.02.2022- Sábado
15h30- Missa na comunidade Espirito Santo
17h- Missana Catedral
17h30 – Missa na Comunidade Nª SrªAparecida
19h – Missa na Comunidade SantoAlberto Magno
27.02.2022- Domingo
7h- Missa na Catedral
8h30 – Missa na Comunidade Santos Reis
8h30 – Missa na Comunidade São José do Maratá
9h- Missa na Catedral
10h- Missa na Comunidade Nª Srªdo Perpétuo Socorro
18h- Missa na Catedral
28.02.2022– Segunda-Feira
Sem atendimento na secretaria paroquial
20h – terço interativo na Com. Nª Sra das Graças
1.03.2022–Terça-feira
Sem atendimento na secretaria paroquial
18h30 – Missa na Catedral com benção da saúde
2.03.2022- Quarta-feira de Cinzas
19h30- Missa na Catedral com imposição das Cinzas e abertura da Campanha da Fraternidade 2022
3.03.2022– Quinta-feira
18h30- Missa na Catedral