Deus é misericórdia!

Estimados irmãos e irmãs, estamos vivendo o tempo pascal, pois esta festa iniciada na noite santa da Páscoa se estende por cinquenta dias até pentecostes. Se nos preparamos por quarenta dias na quaresma pelo jejum, penitência e caridade, agora festejamos por cinquenta dias a salvação que nos foi conquistada pela morte e ressurreição do Senhor. É uma grande festa, como se fosse um único Domingo que estendemos até pentecostes, quando nos alegraremos pela vinda do Paráclito. Por isso, ainda vale desejar: Feliz Páscoa! Neste segundo Domingo da Páscoa, antigamente conhecido por “Domenica in Albis” (ou Domingo branco), por causa dos que eram batizados na vigília pascal e portavam neste dia uma túnica branca que simbolizava a vida nova em Cristo, a igreja nos convida a celebrar a misericórdia de Deus.
O evangelho (Jo 20, 19-31) narra uma aparição do ressuscitado oito dias após a páscoa, quando os discípulos estavam reunidosà portas fechadas por medo dos judeus e junto deles estava Tomé, que não estava no Domingo anterior na primeira aparição do Senhor. Tomé afirmava que só acreditaria se pudesse ver e tocar em Jesus, e foi esta experiência que teve neste dia. Jesus lhe apresentou as mãos e o lado dizendo: “Não sejas incrédulo, mas fiel” e Tomé responde com uma belíssima profissão de fé: “Meu Senhor e meu Deus!”. Tomé aqui representa todos aqueles que não participaram, em um primeiro momento, das alegrias pascais. Representa os pecadores, os desconfiados, aqueles que querem sempre provas para crer. A todos eles, Deus quer revelar seu amor.
Por isso, desde o ano 2.000, este Domingo também é chamado de Festa da Divina Misericórdia, em razão das revelações particulares de Jesus a uma humilde religiosa polonesa chamada Ir. Maria Faustina Helena Kowalska, que foi canonizada pelo Papa São João Paulo II neste mesmo ano. Através desta santa, Jesus quis relembrar a Igreja de Sua predileção pelos pecadores, como afirma no diário escrito pela irmã (n° 699):“Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha Misericórdia […] Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate”. Jesus também pediu que fosse pintada uma imagem, Ele ressuscitado, em pé, e de seu coração saindo raios de sangue e água, e com a mão direita erguida para a benção. No pé da imagem deve conter a inscrição: “Jesus, eu confio em Vós!”. “Quero que esta Imagem, que pintarás com o pincel, seja benta solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia” (D. 49).
Mas, por que esta festa? Porque existe uma estreita união entre o mistério pascal da Redenção e o mistério da Misericórdia de Deus. Aqui está o grande sentido: Cristo ressuscitou para a nossa justificação (cf. Rm 4, 25), para nos perdoar os pecados (por isso soprou o Espírito Santo sobre os discípulos), para nos dar vida nova pelo batismo (por isso os raios pálidos que saem do seu peito) e nos faz vestir as novas vestes “in albis”da salvação, para nos alimentar com seu corpo e sangue (por isso o raio vermelho). Ou seja, a festa da Misericórdia é a festa que Deus preparou para nós pecadores. Que esta festa nos faça confiar no Senhor, no Seu amor, na Sua misericórdia. É isto que Deus quer de nós: que confiemos Nele! Não sejamos incrédulos, mas fiéis!
Jesus, eu confio em Vós!
Missas com transmissão via Facebook da paróquia:
Segunda a sexta-feira as 18h30;
Sábado as 17h;
Domingos as 9h com transmissão pela rádio América Am 1270.

Pe. João Vítor Freitas dos Santos

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