A liturgia do 4.º Domingo do Tempo Comum reafirma a irreversível decisão de Deus de oferecer aos homens, em cada passo do caminho que percorrem na história, a Vida e a salvação. Os textos bíblicos que neste domingo nos são servidos mostram algumas das estratégias de que Deus se socorre para vir ao encontro dos homens e para lhes apresentar os seus desafios e propostas.
O Evangelho (Mc 1,21-28) mostra como Jesus, o Filho de Deus, com a autoridade que lhe vem do Pai, renova e transforma em homens livres todos aqueles que vivem prisioneiros do egoísmo, do pecado e da morte.
A cena narrada no Evangelho deste dia acontece num sábado. A comunidade está reunida na sinagoga de Cafarnaum para a liturgia sinagogal. Jesus, chegado há pouco à cidade, entra na sinagoga – como qualquer bom judeu – para participar na liturgia sabática. A celebração comunitária começava, normalmente, com a profissão de fé, a que se seguiam orações, cânticos e duas leituras; depois, vinha o comentário às leituras e as bênçãos. É provável que Jesus tivesse sido convidado, nesse dia, para comentar as leituras feitas. Fê-lo de uma forma original, diferente dos comentários que as pessoas estavam habituadas a ouvir aos “escribas” (os estudiosos das Escrituras). As pessoas ficaram maravilhadas com as palavras de Jesus, “porque ensinava com autoridade e não como os escribas”. Os escribas costumavam repetir uma e outra vez as tradições rabínicas e as opiniões dos mestres do passado. Jesus é diferente. Não repete lições que aprendeu dos mestres. Ele fala com autoridade. O que Ele diz vem-Lhe da sua experiência de Deus. É uma palavra livre, sincera, convincente, que mexe com os corações. As pessoas que O escutam percebem que as suas palavras vêm de Deus e têm a marca de Deus.
A “autoridade” que se revela nas palavras de Jesus manifesta-se, também, em ações concretas. Na sequência das palavras ditas por Jesus e que transmitem aos ouvintes um sinal inegável da presença de Deus, aparece em cena “um homem com um espírito impuro”. Os judeus estavam convencidos que todas as doenças eram provocadas por “espíritos maus” que se apropriavam dos homens e os tornavam prisioneiros. As pessoas afetadas por esses males deixavam de cumprir a Lei e ficavam numa situação de “impureza” – isto é, afastadas de Deus e da comunidade. Na perspectiva dos contemporâneos de Jesus, esses “espíritos maus” que afastavam os homens da órbita de Deus tinham um poder absoluto, que os homens não podiam, com as suas frágeis forças, ultrapassar. Acreditava-se que só Deus, com o seu poder e autoridade absolutos, era capaz de vencer os “espíritos maus” e devolver aos homens a vida e a liberdade perdidas.
Numa encenação com um singular poder evocador, Marcos põe o “espírito mau” que domina “um homem” presente na sinagoga a interpelar violentamente Jesus. Marcos está a sugerir que, diante da proposta libertadora que Jesus veio apresentar, em nome de Deus, os “espíritos maus” responsáveis pelas cadeias que oprimem os homens ficam inquietos, pois sentem que o seu poder sobre a humanidade terminou. A ação da cura do homem “com um espírito impuro” constitui “a prova provada” de que Jesus traz uma proposta de libertação que vem de Deus; pela ação de Jesus, Deus vem ao encontro da pessoa para a salvar de tudo aquilo que a impede de ter vida em plenitude.
Para Marcos, este primeiro episódio é uma espécie de apresentação de um programa de ação: Jesus veio ao encontro dos homens para os libertar de tudo aquilo que lhes rouba a vida. A libertação que Deus quer oferecer à humanidade está a acontecer. O “Reino de Deus” instalou-se no mundo. Jesus, cumprindo o projeto libertador de Deus, pela sua Palavra e pela sua ação, renova e transforma em homens livres todos aqueles que vivem prisioneiros do egoísmo, do pecado e da morte.
Pe. Diego Knecht
PROGRAMAÇÃO
16.01.2024 – Sexta-feira
18h30 –Missa na Catedral
27.01.2024 – Sábado
15h30 – Missa na Com. Espírito Santo
17h – Missa na Catedral
17h30 –Missa na Com. Nª Sra. Aparecida
19h – Missa na Com. Santos Reis
28.01.2024– Domingo
7h – Missa na Catedral
08h30 – Missa na Com. São José do Maratá
9h – Missa na Catedral *
10h – Missa na Com. Nª Sra. do Perpetuo Socorro
18h – Missa na Catedral
29.01.2024 – Segunda-feira
20h–Grupo de Oração na Com. Santo Antônio
20h – Terço na Com. Nª Sra. das Graças
30.01.2024 – Terça-feira
18h30 – Missa na Catedral com benção da Saúde
31.01.2024 – Quarta-feira
18h30 – Missa na Catedral
20h – Grupo de Oração na Catedral
01.02.2024 – Quinta-feira
18h30 – Missa na Catedral
20h – Tríduo na Com. Nª Sra. dos Navegantes
** com transmissão AO VIVO via Facebook da paróquia, pela rádio América Am 1270 e YOUTUBE – Catedral São João Batista – Montenegro/RS.