A comunidade é o lugar privilegiado para celebrar a fé e encontrar o sentido para a vida. Quem descobre isso acaba afirmando: “na comunidade eu sou feliz”. Sim, porque Deus confiou às pessoas todos os seus bens, ou seja, o Reino. Este cresce nas mãos daqueles que assumem o compromisso de ser filhos da luz e filhos do dia. Por isso é que o pão e o vinho da celebração Eucarística, símbolos de tudo que somos e temos, tornam-se importantes para Deus e também para nós neste dia, o Senhor quer dizer a cada um: “Empregado bom e fiel … Eu lhe confiarei muito mais. Venha participar da minha alegria!”
A vinda do Senhor não é pré-datada. Mesmo que o Senhor tarde em chegar, nosso compromisso com o Reino e sua justiça continua. Por isso a celebração é importante, pois nela anunciamos a morte e proclamamos a ressurreição do Senhor até que ele venha.
Deus confia seus dons segundo as capacidades de cada um, sem deixar ninguém de fora. Preenche todos os seres humanos com bondade, misericórdia e amor e confia que cada um use esses tons largamente, para fazê-los frutificar na própria vida. A chave, portanto, está no modo como cada um se relaciona com Deus, o Senhor dos empregados na parábola do Evangelho. Quem imagina que Deus seja severo, com medo acaba enterrando os dons e fica sem nada. Tem medo de arriscar e imagina que agradará a Deus simplesmente devolvendo-lhe o que recebeu. O reino, no entanto, é a fé num Deus que é bom e nos agracia com seus dons. É a coragem de arriscar, para viver relações que extrapolem a lógica do “toma lá, dá cá”. O que significa dizer que, de nossa parte, o Reino é o que oferecemos a Deus como frutos de seus dons.
A parábola mostra a grandeza e a fragilidade de Deus. Sua grandeza está em “entregar seus bens” às pessoas. Nada retém para si. Tudo que tem (os oito talentos da parábola) é entregue. Sua fragilidade apresenta-se em forma de risco. De fato, falando com o empregado mal e preguiçoso, dá a entender que conhecia o modo certo de multiplicar os seus bens sem a colaboração das pessoas: “Você devia ter depositado meu dinheiro no banco, para que, na volta, eu recebesse com juros o que me pertence” (v. 27). Bem que o empregado mal poderia ter lhe respondido: “E por que você próprio não fez isso?” A resposta parece evidente na parábola: confiando nas pessoas, Deus arrisca perder. Contudo, confia e entrega. Sua fragilidade ressalta sua grandeza.
O sentido da vida é lutar pela justiça. Trabalhar positiva e negativamente a parábola dos Talentos na vida da comunidade: os riscos enfrentados e as vitórias conseguidas em favor da Justiça, e o medo e a busca da segurança que gera uma imagem distorcida de Deus. Que sentido tem a vida e as coisas que fazemos? No Brasil se diz “Ordem e Progresso”. O que significa isso? Eu já sou um servo bom e fiel com os talentos que eu recebi?
Pe. Luciano Royer
Horário das Missas na Matriz: Sábado 19h | Domingo 8h30min e 19h | Quarta-Feira 19h
Missas Sexta-feira 13/11/2020
19h – Com. Menino Jesus de Praga (Trilhos)
Missas Sábado 14/11/2020
16h30min – Comunidade Nossa Senhora Aparecida – Assentamento
19h – Comunidade São Pedro e São Paulo (Matriz)
Missas Domingo 15/11/2020
8h30min e também 19h – Comunidade São Pedro e São Paulo (Matriz)
10h – Comunidade Nossa Senhora da Glória (Germano Henke)
Quarta-feira 11/11/2020
19h – Com. São Pedro e São Paulo (Matriz)
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