XXXII Domingo do Tempo Comum – Ano A – Manter a lamparina acesa

As comunidades cristãs do primeiro século esperavam a volta de Jesus. Como isso não aconteceu, provavelmente lembraram a parábola das dez jovens que ele teria contado. Mais uma vez, uma parábola é proposta para dizer a quem se assemelha o Reino dos Céus. Ele é comparado a dez moças convidadas a uma festa de casamento. Cinco delas eram prudentes, pois se preveniram com óleo, e cinco eram imprevidentes, pois não o providenciaram. A diferença entre elas era o óleo que levavam ou não para alimentar as lamparinas.
O atraso do noivo pegou de surpresa as moças que não tinham reservado óleo. Como as jovens prudentes se recusassem a partilhar as insensatas foram em busca do azeite para suas lamparinas e, quando, retornaram, deram com a porta fechada. A vigilância consiste mais em estar preparadas para a demora do que em estar acordados, pois todas cochilaram. Com o atraso, já não adiantava invocar “Senhor, Senhor”, pois a porta já estava fechada. A falta do óleo do amor e da fé atrasa nosso percurso da busca do Reino de Deus, pondo em risco a chama das nossas lamparinas quando o Senhor vier.
A possibilidade de participar das alegrias da festa (do Reino) pode ser única. Alimentar a “cultura da indiferença” atrasa o percurso, e não adianta atribuir a culpa aos outros. A responsabilidade pelo Reino é compromisso de cada discípulo e discípula. Cada um será responsabilizado pela sua própria prática. O óleo ou azeite da prática do amor ao próximo, com atenção especial aos mais necessitados, é aquilo que alimenta a nossa fé. Vigilância, portanto, não é algo estático, mas dinâmico, ou seja, envolve empenho nas práticas de solidariedade. A espera, sem a atitude de amor e serviço, é inútil. Os gestos evangélicos concretos nos garantem o azeite necessário para alimentar a lamparina que nos conduz ao noivo, e à participação na festa.
O noivo não nos abrirá a porta se não tivermos a lamparina acesa. Não adianta rezas, profecias, milagres e curas – acompanhadas de gritos e barulho. Precisamos de prudência e vigilância para realizar a vontade de Deus. É isso que nos garantirá a reserva do óleo. É impossível, na hora da nossa morte, dar um pouco de amor que tivemos para com o próximo, como empréstimo, a quem não se importou com isso durante a vida e se fechou às necessidades dos pobres, dos marginalizados dentro e fora de casa. Sim, porque a partilha não é só do pão, mas também do perdão, da humildade de se comunicar, de tomar a iniciativa de fazer “pontes” com os familiares em vez de manter os muros de separação entre parentes tão próximos, mas por outro lado tão distantes.
Reflexão: Vivo a presença de Cristo em toda e qualquer pessoa que de mim se aproxima? Esse ato de fé se estende aos pobres? Aqueles que ninguém quer receber? Dentro de minha casa, procuro criar Pontes com aqueles com quem não falava por falta de perdão?
Pe. Luciano Royer

Horário das Missas na Matriz: Sábado 19h | Domingo 8h30min e 19h | Quarta-Feira 19h
Missas Sexta-feira 06/11/2020 – Com. São Pedro e São Paulo (Matriz)
16h –Adoração ao Santíssimo, seguido da Santa Missa
Missas Sábado 07/11/2020
16h – Comunidade Três Santos Mártires – Passo da Amora
19h – Comunidade São Pedro e São Paulo (Matriz)
Missas Domingo 08/11/2020
8h30min e também 19h – Comunidade São Pedro e São Paulo (Matriz)
10h – Comunidade Santo Antonio (Aeroclube)
Quarta-feira 11/11/2020
19h – Com. São Pedro e São Paulo (Matriz)

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