O grande tema a refletir nesta liturgia dominical é a afirmação de Deus como único Senhor da história e da vida de cada pessoa. A Profecia de Isaías lê os acontecimentos do final do exílio à luz da fé mostrando como Deus se interessa pelos eventos da história promovendo a libertação do seu povo e conduzindo-o à felicidade e ao bem. Para fazer isso, serve-se até dos mais inesperados instrumentos, como Ciro, um rei pagão. No Evangelho, Jesus ensina que o ser humano, imagem de Deus, pertence somente a Ele, a quem deve ser plenamente restituído. Por isso, o ser humano deve exercer a sua cidadania no mundo sem permitir que nenhuma outra pessoa, bem material ou sistema ocupem o lugar de Deus.
Os adversários de Jesus sempre procuraram alguma brecha para desacreditá-lo. Eis a questão do Evangelho de hoje: é lícito ou não pagar o imposto a César? O Mestre percebe a maldade deles e os chama de hipócritas. Não responde nem “sim” nem “não”, apenas pede que lhe mostrem a moeda e conclui: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. O sentido dessa sentença não é apontar para a separação entre fé e prática, como muitos poderiam pensar. Há coisas que pertencem a César e a algo que pertence a Deus. César é autoridade política, mas não tem o direito de usurpar o título e o nome de Deus (conforme a inscrição da moeda), muito menos de querer ser adorado como tal. A adoração deve ser prestada só e exclusivamente a Deus. A imagem na moeda é do imperador, mas a pessoa é imagem de Deus. A ele pertence o ser humano, e somente Ele pode ser adorado. O imposto, que autoridade política administra, existe para ser aplicado no bem-estar da sociedade, e não para alimentar o luxo da elite (na qual se incluem as autoridades).
Jesus pede aos seus interlocutores que restituam o povo, desorientado e disperso, a Deus, devolvendo-lhe dignidade e livrando-o de opressões desumanas; e também que não se esqueçam das obrigações fundamentais de toda autoridade: praticar a justiça e a misericórdia. Os seres humanos pertencem a Deus, e as autoridades têm a obrigação de zelar por cada pessoa. O povo é de Deus e de ninguém mais.
Nenhum poder político, econômico ou religioso deve sacrificar a vida e a dignidade humana, sobretudo dos pobres. Parafraseando o Papa Francisco, podemos dizer que a “ditadura de uma economia sem rosto e desumana” é a que mais sacrifica vidas e provoca fome e miséria na sociedade atual. Não podemos ficar indiferentes a essa triste realidade, que assola a dignidade humana, nem tranquilizar nossa consciência com práticas religiosas. Os cristãos devem ser vigilantes para que o bem mais precioso de Deus, o ser humano com sua dignidade, nãos e torne posse de nenhum sistema, seja religioso, político ou econômico. Rezemos com toda Igreja pelos missionários (as), lembrando o Dia Mundial das Missões.
Pe. Luciano Royer
Horário das Missas na Matriz: Sábado 19h | Domingo 8h30min e 19h | Quarta-Feira 19h
Sábado 19h e Quarta-feira 19h | Missas transmitidas pelo Facebook
Missa Sexta-feira 16/10/2020
19h – Comunidade Santa Rita
Missas Sábado 17/10/2020
16h – Comunidade São Pedro (Potreiro Grande)
19h – Com. São Pedro e São Paulo (Matriz)
Missas Domingo 18/10/2020
8h30min e também às 19h Com. São Pedro e São Paulo (Matriz)
10h – Comunidade Nossa Senhora da Glória (Germano Henke)
Quarta-feira 21/10/2020
19h – Com. São Pedro e São Paulo (Matriz)