Domingo passado, celebramos a solenidade da Assunção de Nossa Senhora, e a reflexão versava sobre o papel de Maria no projeto salvífico, sobretudo em sua condição de Mãe do Salvador. Retomando a liturgia do tempo comum, celebramos o 21º Domingo, cujas leituras versam sobre o conhecimento ou reconhecimento de quem é Jesus dentro do projeto salvífico de Deus para humanidade e qual o alcance de seu poder e autoridade. Isso é patente, sobretudo, no Evangelho e na primeira leitura. A segunda leitura, uma espécie de salmo de louvor a Deus, atesta a grandiosidade e o contínuo desejo divino de salvar a humanidade. Em consequência disso, somos levados a unir nossa voz a do salmista e a dizer: “Ó Senhor, Vossa bondade é para sempre! Completai em mim a obra começada!” (Sl. 137).
A pergunta de Jesus aos discípulos continua a ressoar em nós: “Quem sou eu para vocês”? É a pergunta que inquieta, se não quisermos responder apenas com fórmulas aprendidas no catecismo ou com as mesmas palavras de Pedro, sem necessariamente alcançar todo o significado da mais bela profissão de fé: “Tu és o Messias, O Filho do Deus Vivo”.
Jesus faz a pergunta a cada um de nós e espera também uma resposta pessoal. Resposta que venha de fato da experiência pessoal com ele e que supere meros conceitos e fórmulas prontas. Sobre Jesus tantas hipóteses já se levantaram, e ainda hoje novos livros com antigas teorias fazem sucesso. Num extremo, querem fazer dele um guerrilheiro; no outro extremo um líder religioso alienado dos problemas sociais de seu tempo. O Mestre, porém, não se enquadrou naquilo que esperavam do Messias. O Deus que ele veio revelar passava longe tanto da resignação quanto do poder, e mais longe ainda do poder movido a força e violência.
A resposta de Pedro mostra que a experiência que fazemos de Jesus, no fundo, é uma experiência de revelação divina. Seguir Jesus, mais que dizê-lo com palavras e discursos, é testemunhar sua ação na nossa vida e na vida dos irmãos. Ou seja: experimentamos a bondade de Deus sendo bondosos com os outros. Experimentamos a sua misericórdia na misericórdia que praticamos; experimentamos seu amor no amor que vivemos dia a dia. E assim que Deus se revela, também nossas fraquezas, porque ao final se trata sempre do dom de Deus, e não de mero esforço pessoal nosso.
Pedro expressou com palavras a sua fé em Jesus. No entanto, para além das palavras o que importou mesmo para Pedro e o que importa para nós é a atitude fundamental de confiança em Deus. Pois somente ele pode dar segurança de uma rocha que é a fé, a pedra firme sobre a qual continuaremos a construir concretamente a comunidade dos filhos do Deus vivo: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja; e os poderes do reino das trevas jamais poderão contra ela”.
Sugestão de reflexão: se tenho poder de mando, uso o para servir aos comandados? Entrego-me sempre nas mãos da Divina Providência? Quando alguém se arrepende de seu erro comigo, aceito seu perdão e lhe dou uma nova chance?
Pe. Luciano Royer
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