O Santo Evangelho deste domingo vem confirmar os conceitos sobre a partilha, tema central de nossas reflexões neste dia. Mas, antes da decisão de “partilhar” nossos bens, materiais ou espirituais com quem precisa devemos ter coração de pobre pelo qual não nos sentimos autossuficientes e precisamos dos outros.
Nosso Senhor passou aquele dia atendendo o povo. Diz o texto sagrado que “quando desembarcou, vendo Jesus aquela numerosa multidão, moveu-se de compaixão para com ela e curou os seus doentes” (v.14). Jesus viu, julgou em seu coração o que deveria fazer e fez. É nesse ponto que nosso Senhor nos oferece a compaixão como um dom divino. Infelizmente, envenenados pelo nosso egoísmo, poderemos tentar nos autoconvencer de uma série de pretextos pelos quais nos eximiremos de ajudar aquela pessoa que precisa de nossa ajuda e olhar para o outro lado.
De fato, poderemos fugir, fazer de conta que não vemos aquela necessidade, deixar para os poderes públicos resolverem. Mas acontece que nós não poderemos resolver os problemas de todos os necessitados. Jesus nos está pedindo que tentemos ajudar “aquela” pessoa concreta que a divina providência colocou em nosso caminho naquele momento: “dai-lhe vós mesmos de comer” (v.16).
Tudo começa com a compaixão. Quando há compaixão, muitos problemas são solucionados, também o da fome, que tanto assola a humanidade e, infelizmente, também o nosso país, rico de matéria-prima. O pior: em vez de vislumbrarmos soluções, vemos as coisas piorando para a grande maioria da população. Multidões famintas e sem perspectivas de vida digna se espalham pelas ruas e avenidas de nossas cidades.
Pelo gesto de Jesus, todos somos responsáveis: autoridades, igrejas, instituições e a sociedade em geral. Unindo estas forças todas, haveria mais condições para chegarmos a uma solução. Na nossa oração diária, dizemos: “o pão nosso de cada dia nos dai hoje”. Deus deseja que todos os seus filhos e filhas tenham pão na mesa, mesmo aqueles que não podem comprá-lo. Condições básicas que possibilitam a vida digna – entre os quais o alimento – são direitos de todos.
Reflita: entendo que o amor aos irmãos é minha principal preparação para poder receber o Corpo e Sangue de Jesus menos indignamente? Minha ajuda é só material ou divido também meu tempo, atenção, acolhida e carinho, quando necessário? Procedo como Jesus: vejo quem precisa de ajuda, reflito e ajudo?
“O homem não vive somente de pão, mas vive de toda Palavra que sai da boca de Deus, e não só de pão. Amém, Aleluia, Aleluia” (Mt 4,48).
Pe. Luciano Royer
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