Este Evangelho nos apresenta uma cena que resume uma pequena parte do ensinamento sobre a natureza divina apresentada por Jesus. Os Apóstolos, durante três anos, presenciaram inúmeros milagres operados por Jesus. Participaram de muitos momentos de glória e gozaram durante muito tempo da admiração do povo por terem sido escolhidos, entre tantos, para serem seus Apóstolos. Mas, infelizmente, pensando como os seus patrícios, achavam que teriam uma participação material no reino de Deus. Achavam-se importantes, perguntando até a Jesus se podiam pedir fogo do céu contra os habitantes de uma povoação de Samaritanos, o que provocou imediatamente uma repreensão por parte do Mestre: “não sabeis de que espírito sois animados. O Filho do Homem não veio para perder vidas dos homens mas para salvá-las” (Lc 8 55-56). Pois bem, em parte embalados pela confiança que o Mestre tinha em sua pessoa, quando o Mestre lhes apareceu de madrugada, caminhando sobre as ondas, São Pedro tomou a palavra e falou: “Senhor, se és Tu, manda-me ir sobre as águas até junto de Ti”. Jesus lhe respondeu: “Vem! Pedro saiu da barca e caminhou sobre as águas ao encontro de Jesus” (V. 28-29). Depois, com medo do vento, duvidou das palavras do Mestre e começou a afundar. Não obstante, Jesus lhe estendeu a mão e o salvou, dizendo-lhe: “Homem de pouca fé, por que duvidaste?” (V.v. 30-31). Bela lição para nós: mesmo nas horas difíceis, Jesus está conosco. Sempre!
A barca simboliza a comunidade que se sente ameaçada pelas forças adversas (o mar e o vento) e necessita de uma fé sólida para não ser tragada pelas ondas perigosas. Há sempre contraste entre a serenidade de Jesus – no alto da montanha, em comunhão com o Pai – e o apavoramento dos discípulos em meio às ondas ameaçadoras, no mar revolto. O medo do discípulo revela a falta de fé, inconcebível para quem pretende ser autentico seguidor do Mestre. A falta de fé pode levá-los a se sentirem perdidos no meio das turbulências. Eles necessitam sentir em seu meio a presença do ressuscitado, o qual os tranquiliza com as palavras: “Coragem, não tenham medo, Sou Eu!”. O medo paralisa, e o fantasma (Jesus) que assusta pode ser a própria solução – as vezes tão evidente e tão difícil de aceitar. As adversidades podem ser vencidas mais facilmente quando a comunidade tem a convicção de que Jesus é o companheiro de caminhada.
Toda comunidade, de ontem e de hoje, pode ser comparada a um barquinho navegando no mar da sociedade, a qual pode rejeitar os valores do Reino: paz, solidariedade, partilha e bem-querer. Sentindo a presença do Ressuscitado, a comunidade pode mais facilmente enfrentar os desafios do dia a dia. Reflita: acredito que na hora da dor, do sofrimento, Jesus está junto de mim para me dar força? Confio no Senhor a ponto de Ele não deixar afundar a barca da Igreja e da minha família?
Parabéns a todos os pais que cultivando a família vivem a sua vocação.
Pe. Luciano Royer
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