VII Domingo do Tempo Pascal – Pentecostes O nascimento da Igreja

No Pentecostes, coroa do ciclo da Páscoa, todos nascemos e renascemos continuamente. Nascemos para a vida no Espírito e renascemos para o projeto de Deus, procurando falar a linguagem do Espírito para o mundo de hoje. Bebendo mesmo Espírito que foi a base da ação e da Palavra de Jesus, a comunidade cristã provoca o julgamento de Deus. Reunida pelo Espírito de Jesus, torna-se a Epifania de Deus, proclamando as suas maravilhas, levando o projeto de Deus a todos os povos. Forma o corpo de Cristo e bebe do único Espírito. Por isso, na Comunidade Cristã, cada pessoa é um dom do Espírito para formar a comum – unidade. Ninguém possui plenamente o Espírito e ninguém está privado dele. Na união de todos é que se forma o corpo de Cristo, o templo do Espírito Santo.
Cinquenta dias após a Páscoa, o Espírito Santo, como um vento, se manifesta aos discípulos de Jesus enquanto se encontravam reunidos no Cenáculo. O Espírito Santo concede aos discípulos a capacidade de proclamarem e testemunharem o Evangelho nas línguas e nas culturas dos povos. O Ressuscitado concede aos seus discípulos três dádivas: a paz enquanto superação do medo da morte, a alegria que permite a eles reconhecer Jesus como o Senhor, e o Espírito Santo que os habita a darem continuidade à missão do Mestre mediante o perdão dos pecados.
Jesus sopra sobre os discípulos. Esse gesto recorda a ação de Deus no início da criação, quando dá a vida ao ser humano. Assim ele inaugura a convocação dos povos para formar o novo povo de Deus, a Igreja. Soprando sobre eles, eles recebem a mesma capacidade de amor que Jesus recebeu do Pai.
O dom do Espírito Santo capacita os batizados a colocarem as suas capacidades e aptidões a serviço do crescimento e vitalidade da comunidade. Ninguém é inútil ou estéril na comunidade de fé quando se deixa guiar pelo Espírito Santo de Deus, mas é capaz de fazer novas todas as coisas.
A diversidade dos membros da comunidade é fator de crescimento mútuo? Manifesta o novo Povo de Deus nascido do espírito? Nossas comunidades são Pentecostes ou Babel?
Pentecostes é tempo de ecumenismo. Qual seria a grande proposta ecumênica que o Espírito nos faz? Não seria tempo de unir as pessoas do mundo inteiro, independentemente do credo que professam, em torno de um único objetivo, a justiça e a vida para todos? Não seriam as palavras “justiça” e “vida” o novo sopro do Espírito? Enviai o vosso espírito, senhor, e da terra toda face renovai.
Pe. Luciano Royer

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