Queridos irmãos e irmãs, como podemos compreender ou justificar o sofrimento? Este é um dos maiores mistérios da realidade humana. A teologia e a filosofia possuem teses a respeito, mas, muitas vezes, diante do sofrimento concreto de uma ou de várias pessoas, especialmente o sofrimento inocente, o silêncio é que fala. Lembro-me quando o Papa Francisco visitou o campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau, em julho de 2016. As manchetes frisaram: “o Papa rezou, sozinho e em silêncio por uma hora e meia”, depois, no final da visita afirmou: “Senhor, tenha piedade de seu povo. Senhor, perdão por tanta crueldade”. Deus não é o autor do sofrimento e não é este o Seu desejo para nós. Mas ele é como que uma consequência, o resultado de nossa natureza debilitada/ferida pelo pecado. Jesus, na cruz, assume nossos pecados para redimi-los e, por isso, também assume nosso sofrimento.
A primeira leitura do livro do profeta Isaías (50, 5-9a) é o terceiro cântico do Servo sofredor: “Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas”. Este cântico é tradicionalmente aplicado a Jesus para expressar seu sofrimento na paixão, mas este servo não está sozinho, possui um “auxiliador”. No evangelho de Marcos (8, 27-35), depois da profissão de fé feita por Pedro: “Tu és o Messias”. Jesus diz que deverá “sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumo sacerdotes e doutores da Lei; devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias”. Pedro repreende Jesus, pois, como pode o Messias passar pelo sofrimento e pela morte? Mas Ele responde com severidade: “Vai para longe de mim, Satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens!”
Aqui está um grande mistério: Deus assume nosso sofrimento; aquilo que queremos evitar a todo o custo, Deus assume! De fato, nosso pensamento é diferente do pensamento de Deus. Mas Deus assume nosso sofrimento para redimi-lo e nos mostrar que o sofrimento é meio para alcançar a vida, como afirma: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quer salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la”. Tomar a cruz, renunciar a si mesmo e seguir Jesus é unir os nossos sofrimentos ao sofrimento redentor de Jesus, nosso auxiliador. Se unimos nosso sofrimento ao de Cristo, participaremos com Ele da vitória e alegria da ressurreição. Das várias coisas que podem ser ditas sobre o sofrimento é de que ele pode ser um mistério de união com o sofrimento inocente de Cristo. Não temos respostas diante do porquê do sofrimento, mas sabemos que Cristo sofre conosco e nos dará a vitória.
Pe. João Vítor Freitas dos Santos
SEXTA-FEIRA (13)
18h30 Missa na Com. Menino Jesus de Praga ( Trilhos )
SÁBADO (14)
15hs Chá das Comunidades
17h Missa na Com. Nossa Senhora Aparecida (Muda Boi)
19h | Missa – MATRIZ São Pedro e São Paulo
DOMINGO (15)
8h | Missa – MATRIZ São Pedro e São Paulo
9h30min | Missa na Com. Nossa Senhora da Glória ( Germano )
19h | Missa – MATRIZ São Pedro e São Paulo
TERÇA-FEIRA (17)
12h15min | MISSA – Com. SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS (TANAC)
QUARTA-FEIRA (18)
19h | Missa – MATRIZ São Pedro e São Paulo
Quinta- Feira (19)
18h30 Missa na Com. Sagrado Coração de Jesus. (Tanac)