Estimados irmãos e irmãs, inicia-se neste Domingo a grande semana de nossa fé, quando celebraremos a paixão, morte e ressurreição do Senhor. A origem desta solenidade de ramos remonta o século IV, quando os fiéis de Jerusalém iam em procissão do Monte das Oliveiras até a cidade de Jerusalém segurando ramos em suas mãos e cantando hinos, lembrando aquilo que foi feito no dia em que o Senhor entrou em Jerusalém montado em um jumento, conforme Lucas 19, 29-44. Em Roma, esta festa começa a ser celebrada somente no século IX, acrescentando a bênção dos ramos a uma liturgia bastante antiga já existente, que era a escuta e meditação da paixão do Senhor. Mas por que em Roma (e até hoje no rito latino) escutamos o evangelho da paixão de Jesus no Domingo, se já o escutaremos na Sexta-Feira Santa?
Temos que ter presente a realidade da Igreja nos primeiros séculos. Os primeiros cristãos só se reuniam aos Domingos, que no tempo das perseguições chamava-se de “dia do sol”, em honra ao deus sol. Neste dia, os cristãos celebravam a Eucaristia, por ser o dia da ressurreição de Jesus. Não havia outro dia de culto, então, os mistérios que compõe tudo o que se celebra nesta semana eram divididos em dois Domingos, ou seja, no Domingo anterior a páscoa celebrava-se a paixão e morte do Senhor, e no Domingo posterior, a ressurreição. Assim era a liturgia na comunidade primitiva. Depois, com o fim das perseguições, a Igreja tendo liberdade de culto e com o tempo, foi-se configurando as celebrações que hoje temos na Quinta, Sexta e Sábado a noite.
Por isso, o nome correto desta solenidade é “Domingo de Ramos da Paixão do Senhor”, é a união de duas liturgias, e percebemos bem isto quando participamos da celebração, no início festiva e alegre, com procissões, hinos e ramos, mas quando se entra no templo, reina o silencio que emana da paixão do Senhor. Mas a ligação entre a entrada de Jesus em Jerusalém e sua paixão não é apenas litúrgica, mas também teológica e espiritual, que podemos entender com uma passagem da segunda leitura deste Domingo: “Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou soberanamente […] E toda a língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor” (Fl 2, 6-11). Jesus é rei e de fato entrou em Jerusalém como tal, mas não um rei segundo a lógica humana, mas um rei da parte de Deus. Ele tem condição divina, mas não se prevalece, se humilha, desde a entrada montado em um jumento até a aniquilação na cruz. Jesus desconstrói a ideia de rei dominadore nos ensina a via da obediência e da humildade, por isso ele é Senhor.
Pe. João Vítor Freitas dos Santos
Programação Paroquial
Dia 31/03 – (sexta-feira)
16h – Missa na Casa de Amparo Mão de Deus
19h30min – Visita ao Semi aberto
Dia 01/04 (Sábado)
•15h30min – Missa na com. Três Santos Mártires (Passo da Amora)
19h – Missa na com. São Pedro e São Paulo (Matriz).
Dia 02/04 DOMINGO DE RAMOS
•08h30min – Missa na com. São Pedro e São Paulo (Matriz).
•10h – Missa na Com. Nossa Senhora da Glória (Germano ).
19h – Missa na com. São Pedro e São Paulo (Matriz).
Dia 04/04 (terça)
8h30min – Cáritas Paroquial
12h15min – Missa Com. Sagrado Coração de Jesus (Tanac)
Dia 05/04 (Quarta)
•Não haverão Missas na Paróquia – Missa do Crisma – Catedral São Batista
Dia 06/04 (Quinta)
19h – Missa da Ceia do Senhor – na com. São Pedro e São Paulo, Matriz (COM ARRECADAÇÃO DE ALIMENTOS)