As sementes do verbo

“Quem não é contra nós é a nosso favor”, é o que diz Jesus no evangelho deste domingo (Mc 9, 38-43. 45. 47-48). Esta afirmação é feita quando o Senhor é interrogado pelos discípulos sobre um homem que expulsava demônios seu nome, mas não andava no grupo dos seguidores, e por isso, os discípulos o haviam proibido. Jesus disse: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim”. A primeira leitura, de Números (11, 25-29), narra uma história semelhante com Moisés, quando dois homens que tinham ficado fora do acampamento começaram a profetizar. Do mesmo modo, um jovem foi avisar Moisés para que ele mandasse calar aqueles homens. Moisés responde: “Tens ciúmes de mim? Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta, e que o Senhor lhe concedesse o seu espírito!”. O que estes dois fatos nos ensinam?

É importante compreendermos que a Missão acontece de dois modos: primeiro, de modo direto, exercido pelo grupo dos apóstolos, discípulos e seguidores diretos e confessos. Estes fazem parte da comunidade visível. O segundo modo podemos chamar de indireto, que é quando, mesmo não estando na comunidade visível, colabora-se com a Missão, não de um modo completo, mas expressando elementos e buscando finalidades parecidas, pois “quem não está contra nós é a nosso favor”. O Concílio Vaticano II, nos falando desta realidade, traz a noção de “sementes do verbo” presente nas diversas religiões do mundo, mesmo as não cristãs. O que isto significa? Significa que “a Igreja católica nada rejeita do que nessas religiões existe de verdadeiro e santo. Olha com sincero respeito esses modos de agir e viver, esses preceitos e doutrinas que, embora se afastem em muitos pontos daqueles que ela própria segue e propõe, todavia refletem não raramente um raio de verdade que ilumina todos os homens” (Nostra Aetate, n. 2).

Vivemos em um mundo plural, onde estão presentes diversas tradições religiosas e modos de pensar. Nossa atitude não é de hostilidade para com estas expressões, mas de sempre buscar pontos comuns e praticarmos a virtude do diálogo, como afirma São João Paulo II na encíclica Redemptoris Missio, n. 53: “O diálogo não nasce de táticas ou de interesses, mas é uma atividade que apresenta motivações, exigências, dignidade própria: é exigido pelo profundo respeito por tudo o que o Espírito, que sopra onde quer, operou em cada homem. Por ele, a Igreja pretende descobrir as ‘sementes do Verbo’, os ‘fulgores daquela verdade que ilumina todos os homens’― sementes e fulgores que se abrigam nas pessoas e nas tradições religiosas da humanidade. O diálogo fundamenta-se sobre a esperança e a caridade, e produzirá frutos, no Espírito. As outras religiões constituem um desafio positivo para a Igreja: estimulam-na efetivamente quer a descobrir e a reconhecer os sinais da presença de Cristo e da ação do Espírito, quer a aprofundar a própria identidade e a testemunhar a integridade da revelação, da qual é depositária para o bem de todos”.

Pe. João Vítor Freitas dos Santos
SÁBADO (28)
15:30 Missa na Com. Nossa Senhora Aparecida (Assentamento)
17h Missa na Com. Santo Antonio ( Aeroclube)
19h | Missa – MATRIZ São Pedro e São Paulo
DOMINGO (29)
8h | Missa – MATRIZ São Pedro e São Paulo
9h30min | Missa Solene da festa de Nossa Senhora Aparecida na Com. Nossa Senhora Aparecida – Muda Boi
17:30 Encontro Pré Batismal – Matriz
19h | Missa – MATRIZ São Pedro e São Paulo
TERÇA-FEIRA (01)
12h15min | MISSA – Com. SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS (TANAC)
QUARTA-FEIRA (02)
19h | Missa – MATRIZ São Pedro e São Paulo
Quinta- Feira (03)
18h30 Missa no Grupo de Oração Renascer – Aeroclube

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