3º Domingo da Páscoa A Igreja missionária por excelência

A Igreja deve ser compreendida como Igreja em saída, ou seja, missionária. A mensagem de Jesus ressuscitado não pode se tornar refém das quatro paredes de uma paróquia. Discípulos e discípulas não podem ser compreendidas como pessoas que se limitam somente às celebrações litúrgicas. É fora das quatro paredes que a missão ganha sentido. A Igreja não se pode acomodar e sonegar a mensagem da salvação a homens e mulheres. A missão exige o envolvimento de cada um da comunidade no meio onde ele vive, trabalha, se comunica, onde se é família cristã. Nesses tempos de pandemia, de isolamento, de ficar em casa, cada casa deve se tornar uma igreja doméstica. O cristianismo começou nas casas, nos grupos pequenos e se espalhou mundo afora. Sintamo-nos todos discípulos e discípulas e ao mesmo tempo, também missionários e missionárias.
O Episódio de Emaús é uma síntese do que vivenciamos em cada eucaristia: Celebramos a presença de Jesus em nossa vida, ouvindo sua Palavra e participando da partilha do Pão. Jesus se aproxima dos discípulos de Emaús, que ainda não haviam compreendido a ressurreição, e, caminhando com eles, reafirma sua presença viva e verdade fundamental: Deus nunca deixará de caminhar com seu povo.
O ressuscitado está conosco e se faz presente na escuta e compreensão da Palavra de Deus, pois toda a Escritura se direciona para a missão de Jesus, e, a partir dele, se abre a todos nós, como um desafio: fazer que o projeto de Deus, apresentado e vivido por Jesus, continue hoje. Mas Jesus ressuscitado só pode ser reconhecido em nosso meio através da partilha do pão, e é assim que a Eucaristia que celebramos se torna o centro de nossa vida. Porque a partilha do pão e da vida é a tradução do que significa, na prática, o projeto de Deus e a missão de Jesus e nossa. Nossos olhos, como os dos discípulos de Emaús, só se abrem verdadeiramente quando partilhamos.
Jesus caminha conosco e ainda hoje podemos escutar sua Palavra. Se ainda estamos como que cegos, tal qual os discípulos de Emaús se nos é difícil reconhecer Jesus nas pessoas e situações é porque ainda não aprendemos a partilhar o que somos e temos. Que Jesus abra nossa inteligência e faça arder nosso coração por anunciá-lo vivo – ressuscitado.
Pe. Luciano Royer

Últimas Notícias

Destaques