O primeiro governo Zanatta chega ao fim com a marca da superação. Pandemia, várias enchentes, sendo a de 2024 a maior que se tem registros históricos. As suas muitas obras, incluindo a devolução de espaços fechados há anos, como o Teatro e os ginásios Domingão e Azulão, são fruto de um azeitamento da máquina pública. Logo no começo, o prefeito se deu conta de que era preciso reforçar a equipe técnica e entregou cargos, antes ocupados por políticos, a engenheiros e arquitetos. Deu certo. Processos parados começaram a andar e os novos ganharam velocidade. A digitalização dos serviços – que acabou com a papelada e oferece soluções online ao cidadão – foi um remédio poderoso à burocracia.
Claro que há muito a superar na questão da agilidade dos processos, mas os avanços são consideráveis. E a expectativa é de que, neste próximo mandato, mais celeridade faça parte das rotinas da gestão municipal.
Outra marca da primeira gestão foi a boa relação construída com a Câmara. Quando assumiu, Zanatta tinha apenas quatro votos garantidos. Na saída, chega a 9. A oposição ficou restrita a Paulo Azeredo (PDT). O tempo que muitos antecessores perderam em embates improdutivos com o Legislativo, enfrentando CPIs e processos de Impeachment, Zanatta pode dedicar ao trabalho.
As boas relações entre a Prefeitura e a Câmara se devem ao respeito mútuo. Zanatta não esperou que os parlamentares corressem atrás dele. Todas as terças-feiras, ele mesmo foi até a Câmara dialogar, esclarecer dúvidas e assumir compromissos. Também abriu espaço no governo para pessoas indicadas pelos vereadores. Num ambiente assim, é difícil ocorrerem divergências, que causam perdas de ambos os lados. Melhor evitá-las.
O bom desempenho do primeiro mandato subiu a régua de avaliação. A população vai esperar e cobrar mais. Existem muitas obras e projetos na marca do pênalti. Esperando apenas o chute para marcar o gol. Aliás, pode ser uma goleada.
Se a gestão 2021/2024 ficou marcada pelas rótulas da RSC-287, revitalização do Parque Centenário, pavimentação de ruas que eram aguardadas há décadas, entre outras realizações importantes, o contribuinte tem seus sonhos para o segundo quadriênio. E certamente entre eles estão obras de contingenciamento das cheias, recuperação e revitalização do Porto das Laranjeiras e o Morro São João.
Enfim, a expectativa e o desejo de todos nós é que os próximos quatro anos sejam de muitas realizações e serviços de qualidade a toda a população
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Natal no Parque
A decoração de Natal, realizada neste ano no Parque Centenário, deu mostras de que veio pra ficar. O ambiente é propício para ali se construir um projeto de uma “Cidade encantada de Natal”
Os desfiles realizados no ano passado, projeto desenvolvido pela Idealize, com incentivo cultural, em parceria com a Prefeitura, podem acontecer tranquilamente dentro do Parque. Ou passar pela Buarque e sair do Centenário, e vice-versa.
O cenário de um Parque Centenário totalmente revitalizado, com uma decoração natalina, será um grande atrativo para visitantes da região, transformando-se em um ponto turístico.
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E o futuro do Paulo?
Terá o vereador Paulo Azeredo chegado ao fim de sua carreira política? Difícil dizer, mas sua última aventura – a candidatura a prefeito – quase sem apoio e contra um candidato francamente favorito, mostra que em suas veias corre sangue de Dom Quixote. Como o cavaleiro errante de Cervantes, difícil explicar o que levou Azeredo a se lançar “contra os moinhos” da Justiça Eleitoral.
Azeredo havia perdido os direitos políticos quando teve seu mandato de prefeito cassado, em 2015. Sabia que não poderia concorrer até 2024. Verdade que foi eleito vereador em 2020, graças a um “cochilo” da Justiça Eleitoral. Talvez, numa busca pela reeleição à Câmara, nem teriam acordado. Mas como foi a prefeito, o barulho ecoou e o sonho de Azeredo acabou.
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Mais trabalho
Com a posse para o segundo mandato de Zanatta se aproximando, os olhares se voltam novamente para a Câmara. Desta vez, os partidos aliados ao prefeito têm – em tese – nove das dez cadeiras. Mas não se engane, leitor: na política, certos “companheiros” exigem mais “atenção” do que os adversários. Parece que
já tem até um banco de apostas sobre os que vão dar “mais trabalho”.
Informações de bastidores indicam que a eleição da mesa diretora da Câmara deverá ocorrer sem sobressaltos. Um acordo vai garantir a permanência de Talis Ferreira (PODE) no comando do Legislativo em 2025.
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Devolvendo
A Câmara de Vereadores fez a devolução de R$ 1.097.868,12 em recursos de seu orçamento que não chegou a gastar em 2024. A verba retorna ao caixa da Prefeitura e, nas redes sociais, há pedidos que seja aplicada na Saúde. A definição deve ocorrer nos próximos dias.
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Limpando gavetas
Na Prefeitura, os últimos dias do ano foram de limpeza de gavetas e de despedidas para os cinco secretários e os vários diretores “liberados” de suas funções. A maior mudança está ocorrendo na pasta da Educação. Glaé Machado deve assumir com uma equipe renovada. Neste segmento, os desafios são maiores. Melhorar o IDEB, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, deve ser uma obstinação.
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Até quando?
Em todo o RS, tem sido extremamente lenta, por parte da Caixa e do Governo Federal, a compra de casas para atender as famílias que perderam tudo na enchente. A burocracia criada para evitar as fraudes agora impede que as pessoas voltem a ter um teto para viver. Neste ritmo, vai levar vários anos para atender a todos, onerando as políticas de assistência social das prefeituras.