Não é fácil fazer projetos sociais

Nessa coluna de hoje vou falar de como é difícil trabalhar no terceiro setor (minha área). É muito difícil mesmo, quando a meta é ajudar a comunidade e se trabalha a luta contra a discriminação, racismo etc. Já fica na mente de algumas pessoas da sociedade (não todas) que é uma forma de ser um coitadinho ou coitadinha. Mas na verdade é dar voz pra quem não tem voz e apresentar novas oportunidades pra quem sempre encontra as portas fechadas. O terceiro setor vem pra isso: ser o escudo protetor e também as oportunidades que podemos gerar através do nosso trabalho.

Mas muito difícil manter o trabalho, já que na mente de algumas pessoas da sociedade, esse trabalho tem que ser voluntário. Mas como se manter nesse trabalho em tempo integral? Sem ter um aporte financeiro? Logicamente tem também editais que podem ser uma forma de se monetizar os projetos, mas como nós, da periferia, que trabalhamos o dia todo fora (ou a noite toda) podemos fazer um curso de elaboração de projeto para poder concorrer de igual pra igual com quem tem tempo hábil e liberado pra isso? Como o Mano Brow diz: ¨Melhor como? Se estamos quinhentos anos atrasados?¨.

Muitas vezes já pensei assim: “será que estou fazendo a coisa certa?” Porque para pensar em fazer o bem pras pessoas eu também preciso estar bem e muitas vezes (e não são poucas) não é assim. Preciso lutar por mim, por minha família e também pelas famílias que acreditam no que faço e prego nos bate papos motivacionais, lutar pela minha cor e pelos projetos sociais que trabalho que somam um total de 30 anos.

Mas acredito que se Oxalá me deu esse compromisso quando nasci, devo estar nele até quando eu puder e ele permitir.

Então peço pra quem acredita que a cultura e a educação salvam vidas: confiram o que é o projeto HIPHOP ALÉM DOS PALCOS, que hoje é sensação nas escolas e comunidades da região.
Aqui Mc Pedrão eu também sou +1 Sobrevivente

Últimas Notícias

Destaques