No último texto, trouxe uma reflexão sobre o seguinte ditado: “Quem ama as rosas suporta os espinhos” e, principalmente, sobre a personagem Rosa. Contrariando o antigo ditado que deu origem ao texto e a esta reflexão, Rosa não suporta os espinhos.
A personagem traz, a todo instante, uma representação das tantas dores às quais somos submetidos na vida. E não importa se forem aquelas escolhas que acabamos, cedo ou tarde, por descobri-las erradas, ou por tantas outras, que nem sequer temos a condição de escolher porque elas simplesmente chegam e se impõem.
Algumas pessoas me questionaram sobre a atitude da personagem estar certa ou errada e, qual seria a melhor maneira de lidarmos com os problemas diários.
Creio que seja, justamente, este ponto que tenha me motivado a escrever um pouco mais sobre a personagem. Não há nada de errado com a personalidade Rosa. O erro é quando deslocamos o SER do centro da questão e passamos a julgar ou tentar entendê-lo sob nosso ponto de vista.
Nem mesmo há uma fórmula que se aplique a todas as pessoas. Tratamos, a todo instante, de uma “equação pessoal” a ser atingida.
A psicologia traz como símbolo a vigésima terceira letra do alfabeto grego: PSI. Além de ser o símbolo usado pela psicologia, imprime a seu nome o sentido do significado: PSI significa alma. Logo, a psicologia traz como questão central o estudo da alma.
Alma nos remete à questão da singularidade. Da porção deste “sopro” que carregamos em nós. E Rosa não é diferente. Ela dá o sentido e o significado possíveis às dores da sua vida.
Então, o que menos importa é sabermos se Rosa estava certa ou errada. A questão é se ela fez o que era possível para transformar suas dores em aprendizado.
Há apenas um tipo de dor: a que carregamos sós e a que podemos compartilhar. Não! Não me enganei. Ela é a mesma. A diferença está na forma de tratamento que daremos a ela.
Paz e bem !!!