Vamos falar sobre saúde mental!?

A campanha Janeiro Branco surgiu em 2014, com o objetivo de promover a conscientização sobre a saúde mental.Janeiro como símbolo de recomeço, incentivando reflexões sobre emoções, comportamentos e a busca por mudanças psicológicas.E quando se fala em recomeço, em retomada me paro a refletir como está a comunidade negra e como gostaríamos de estar no iniciando o ano de 2025.

E os questionadores questionarão: Tu realmente acha que ainda lutamos por mais proteção à saúde mental da população negra? Então… deixa eu te contar uma história! Noś, pessoas negras enfrentamos desafios históricos e estruturais que impactam diretamente a saúde mental. A falta de saúde mental nos povos pretos, especialmente nas mulheres negras, gera impactos profundos e multifacetados.

Historicamente, o racismo estrutural, a violência, a exclusão social e econômica, e os estereótipos reforçam traumas que comprometem o bem-estar psicológico. A exposição contínua ao racismo e discriminação leva ao desenvolvimento de transtornos como depressão, ansiedade, estresse pós-traumático e síndrome de burnout, especialmente em ambientes de trabalho hostis.Mulheres negras enfrentam maiores dificuldades de acesso a cuidados de saúde mental de qualidade devido a barreiras financeiras, geográficas e nas carreirias profissionais.

Se formos falar em ancestralidade, o sofrimento mental não tratado é muitas vezes transmitido entre gerações, perpetuando ciclos de dor emocional e dificuldades de integração social. O eurocentrismo estético e cultural afeta diretamente a percepção de valor e autoestima, especialmente das mulheres negras, reforçando inseguranças e sentimentos de inadequação.E se formos pensar nas consequências destas ações diárias e “corriqueiras”, falta de saúde mental pode impactar a produtividade, dificultar a permanência em empregos e limitar o acesso a oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional.

E para quem se perguntar “por onde começar “, podemos lembrar que ampliar políticas públicas que garantam atendimento psicológico gratuito e inclusivo, com profissionais capacitados em questões raciais. Podemos citar como exemplos as seguintes ações:Promover campanhas sobre saúde mental, racismo e seus impactos, incentivando o autocuidado e a busca por ajuda profissional; Criar grupos de apoio comunitário para compartilhar experiências, validar sentimentos e oferecer suporte emocional;Implementar políticas anti racistas nas áreas de educação, trabalho e saúde para reduzir as desigualdades que afetam o bem-estar mental.

Promover a cultura negra como fonte de autoestima, identidade e resistência, por meio de eventos, literatura e arte; Desenvolver iniciativas que acolham a população negra, especialmente mulheres, para abordar traumas e construir resiliência.A preservação da saúde mental passa por ações coletivas, valorização da cultura, fortalecimento de redes de apoio e acesso ampliado a serviços psicológicos inclusivos e antirracistas. E quanto antes direcionarmos esse cuidado à saúde mental, mais gerações serão protegidas.

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