Para 2024: não basta não ser racista

Todo ano a gente se pergunta, o que mais pode acontecer? Nos perguntamos, se nossas lutas são diárias, se foram suficientes e se algo de fato mudou. Quando falamos em preconceito, esperamos avanços, apesar dos 300 anos de espera. E sei que irão me questionar: Você vai seguir almejando o quê? Você vai seguir esperando o que? Então… deixa eu te contar uma história!

Eu espero menos preconceito, menos racistas e mais pessoas empáticas à nossa causa. Para 2024 eu não sei o que vai acontecer, mas admito que tenho esperança! Todo ano começa, faço planos, tenho desejos, tenho sonhos é preciso que tenha mais antirracistas. Eu invisto em ter menos preconceito, o que seria muito bom, porque seríamos mais solidários com a dor outro. Quero ver mais consciência daqueles que reproduzem ações sem pensar, que parem para refletir sobre quem somos e o quanto podemos nos posicionar diante das falas, das ações e posicionamentos que mantém o preconceito estrutural. Para 2024 espero que possamos ver de fato ações antirracistas que promovam a equidade e avanços na políticas públicas.”Se Palmares não vive mais, faremos Palmares de novo” (José Carlos Limeira). Iniciativas pretas devem ser respeitadas, valorizadas e vistas como um ponto de ebulição vista pela sociedade e não como uma agressão ao sistema, já constituído. Queremos que as Iniciativas pretas, lugares pretos, pessoas pretas tenham o mesmo destaque que qualquer outra etnia.Que nosso orgulho não seja visto como rebeldia e sim como existência. Que a nossa ancestralidade, que o nosso carnaval, que a nossa matriz africana, possa fazer parte da nossa trajetórias sem ser agredida. Que possamos existir sem medo de serem sucumbidos por nossa sociedade. Que nossos eventos pretos sejam mais “de pretos para pretos”, para que tenhamos o respeito aos sermos protagonistas. Que as pessoas possam entender que quem exclui o povo preto, que quem criou o racismo não foi o povo. Condição que nos faz perceber que o povo preto não é o único responsável pela estrutura racista que vivemos. E por isso, contamos com a ajuda de todos para modificar estaq lógica. Eu, como sempre, aposto no futuro, nas pessoas, nas lutas, e em todo trabalho que diversas gerações tem feito para informar; trazendo novas perspectivas para o meu povo. Meu sonho é ver crescimento, força para brigar por aquilo que acreditamos e participar efetivamente nos espaços de poder, para que tenhamos mais diversidade, melhores oportunidades e a tão esperada reparação histórica.

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