Onde não há sensatez, nada há

Hoje não vou falar por mim e sim por nós. Esta é uma fala conjunta em nome do Coletivo de Empreendedoras Negras de Montenegro. Para quem não viu… nós queremos contar, sobre o evento com presenças locais e nacionais em Montenegro. Nossa pauta: O poder das mulheres negras. É emocionante ver, ouvir e acompanhar falas impactantes e que fazem sentido para vida de mulher pretas, jovens , crianças e todos aqueles com pautas antirracista. O fato de serem mulheres negras e se colocarem em seu lugar de fala, no pódio da vida e no controle do seu futuro. Mostraram o quanto podemos chegar em lugares importantes, mesmo sendo pessoas que se aproximam da nossa realidade, é quase como um reflexo do atual status das mulheres negras que se encontram no mundo.

E os questionadores questionarão: De quem você está falando? Então… deixa eu te contar uma história! Estou falando de Jojo Todinho, Valéria Barcelos , Jhozy Azeredo e Daniela Araújo. Estamos falando de mulheres como nós, que venceram e vieram falar de suas experiências de sucesso no mundo e entre os seus. Mulheres guerreiras que lutaram para chegar no topo, um exemplo a ser seguido.As pessoas que tinham uma imagem distorcida de alguns ídolos como Jojo, com certeza mudaram de opinião. Seu depoimento trouxe com significativa ênfase o quanto a educação é a mola que impulsiona, falando sobre a necessidade de crescimento e procura por um futuro promissor.Incentivando que estudem, e que ainda dá tempo vamos mudar a história. Lembrando que antes não tínhamos o direito de estudar ,não podíamos saber mais do que os senhores, mas que hoje o acesso se transforma.

A história do negro no Brasil não esta escrita, por isso precisamos conhecer a verdade e dividir ensinamentos com todos. Nos identificamos com todas as mulheres, com dificuldades, com as faltas de oportunidade e com a luta que as levaram ao sucesso. Nos identificamos com a luta de gênero, mesmo quando nascemos transgêneras. Sabemos o quanto começar é muito difícil para as mulheres negras, pois não são reconhecidas e que os esforços ou o preço pago pelo sucesso não são considerados ao vermos o produto final.

As pessoas precisam entender que há um processo, longo e doloroso… mas possível. Sabemos que o racismo estrutural existe, que a luta contra o preconceito segue, que ainda precisamos evoluir, em direção a uma sociedade mais justa que está em construção.
Em nenhum momento duvidamos da nossa capacidade, mas devido às diversas dificuldades criamos uma casca dura, necessária para adaptação ao mundo que vivemos. Nunca esqueça, que este mundo é muito grande e tem espaço para todos. Ubuntu.

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