Em algum momento da vida você já ouviu falar em Martin Luther King. Importante ativista, foi um grande líder pacifista. Lutou incessantemente pelos princípios de liberdade e igualdade, e pelos direitos civis na América. Consagrou-se por prover o combate pacífico contra o preconceito racial, ganhou o Prêmio Nobel da Paz, respeitado líder político negro dos EUA, que morreu assassinado em quatro de abril de 1968. Ou sobre o grande discurso, que foi finalizado por sua súbita morte. E como é de costume virão os questionamentos: Do que você está falando? O que isso tem a ver comigo? Para que falar sobre morte por aqui? Lá vem ela com preconceito de novo? Então… deixa eu te contar uma história! Ser um ativista dos movimentos sociais, ter pauta preta é uma necessidade intrínseca de todos. Mas sentir o preconceito, ser o papel de pauta é uma situação muitíssimo mais complexa. Que envolve bem mais emoção. Nossa ligação com Dr King está em cada debate, em cada ação em cada luta travada contra o preconceito, o racismo que depois de tanto tempo persegue nossa sociedade. Um dos detalhes mais interessantes do discurso de Dr King, é que a parte que entrou para a história nunca foi escrita, porque saiu do coração. Ele larga o protocolo e começa a discursar com emoção e diz: “Eu tive um sonho.” Esta tornou-se uma das suas frases mais célebres. Que provavelmente é aquilo que nós os ativistas sonhadores seguimos tendo e nos motiva a permanecer nesta luta contra o racismo estrutural. Somos mobilizados pela procura incessante de direitos, de liberdade de segurança por melhores infâncias, por amores pretos, por oportunidades aos jovens negros. Seguimos reivindicando melhores salários, melhores índices educacionais, acolhimento às mulheres negras e respeito à ancestralidade negra em todas as formas de manifestação. E para que não fiquem dúvidas, não estamos nos comparando ao Dr King, mas fazendo parte da legião de pessoas que acredita no seu legado, que o vê como expoente da pauta negra, que mesmo com sua breve trajetória contribui arduamente para com o que acreditamos atualmente. O tempo passou mas o combate ao racismo estrutural segue necessitando de ações que vão além dos esforços solitários. Sei que vou ser repetitiva, mas é necessário investir em políticas públicas que promovam a inclusão e igualdade racial e a conscientização da população sobre a importância da diversidade e do combate às desigualdades raciais. É baseado nos ensinamentos deste grande líder que seguiremos, lutando pacificamente. Saravá!