Revolta com sotaque

“Legítimo Rei” chega à Netflix para recontar a história do rei escocês Robert the Bruce

Inglaterra e Escócia nunca foram países muito amistosos. Desde o Século VI, os dois territórios travaram inúmeros confrontos, com destaque especial para a Primeira Guerra de Independência Escocesa (Século XIV), na qual tropas separatistas, lideradas por Robert the Bruce, engajaram diversos combates com o exército inglês. Essa série de batalhas ganhou fama internacional em 1995, quando Mel Gibson dirigiu e protagonizou “Coração Valente”, adaptação cinematográfica desse confronto. Nesse mesmo contexto histórico, o filme “Legítimo Rei” estreia dia 9 de novembro na Netflix com o objetivo de trazer ao público uma versão ainda mais sangrenta desse conjunto de embates.

Protagonizado por Chris Pine (“Star Trek”, “Mulher Maravilha”), Robert the Bruce dedica a vida a defender o que lhe é de direito: o trono escocês. Ao longo de sua jornada, o monarca recruta centenas de apoiadores em uma missão suicida bem no estilo de Davi e Golias. Derrotar o poderoso exército inglês requer o derramamento de muito sangue, e nesse aspecto, o filme não hesita em mostrar o quão violentos eram os confrontos da época.

“Legítimo Rei” entra no catálogo da Netflix como uma superprodução original e definitivamente está entre as maiores apostas da plataforma para 2018. Apesar do longa abordar o gênero histórico, que perdeu muita força nos últimos anos, a temática medieval do filme certamente é um ponto de destaque, visto que essa área ganhou espaço desde o fenômeno “Game of Thrones”. Curiosamente, o maior defeito de “Legítimo Rei” está justamente na versatilidade dos dispositivos com acesso à Netflix. A superprodução tem uma seleção de imagens e cenas realistas de batalha tão detalhadas que chega a ser um desperdício assistir fora de uma tela de cinema.

Poderosas e absolutas
Com muita purpurina, estreia dia 9 de novembro “Super Drags”, a primeira animação brasileira produzida pela Netflix

A primeira animação totalmente brasileira original da Netflix é “Super Drags”, que conta com as vozes de ícones da cultura drag brasileira, como Pabllo Vittar, Silvetty Montila e Suzy Brasil, para darem vida a personagens inspiradas nelas. Elas são, respectivamente, Goldiva, uma famosa cantora drag, Vedete Champagne, que coordena o trio, e Juracy, um homem gay famoso por suas habilidades de rebolado. No dia 9 de novembro a primeira temporada inteira, com seus cinco episódios, será disponibilizada pela plataforma.

Com um humor ácido, “Super Drags” conta a história de Patrick, Donizete e Ralf, três amigos que trabalham juntos em uma loja de departamentos e tem que lidar com um chefe implicante e clientes chatos. Mas esse tédio todo é só durante o dia. À noite, o trio se transforma nas divas mais fabulosas: Lemon Chiffon, Safira Cian e Scarlet Carmesim. Juntas, as drags combatem o mal, a caretice e reúnem a comunidade LGBTQ+, sempre acompanhadas de muita purpurina.

O diretor da produção, e dublador das personagens Donizete e Scartlet Carmesim, Fernando Mendonça, explicou que a ideia por trás das personalidades das três heroínas superpoderosas está nas três vozes “características” da comunidade gay: a mais “empostada” a mais “barraqueira” e a com a voz mais “de moça”. Além de Fernando, a criação dos episódios de “Super Drags” também contou com a presença de Anderson Mahanski e Paulo Lescaut, numa produção da Combo Estúdio.

A animação, como divulgado pela própria Netflix, é recomendada para os maiores de 16 anos e tem um humor mais voltado para o público adulto. A produção se junta a séries como “Big Mouth” e “ BoJack Horseman” que, apesar de serem desenhos animados, não são para crianças. Mesmo após os avisos da Netflix a respeito da faixa etária recomendada para “Super Drags”, a série enfrenta uma intensa oposição, com direito a abaixo-assinado exigindo seu cancelamento.

Novos começos
Reality show original da Netflix acompanha nove aspirantes a músicos na produção de um musical

Há nove anos, jovens de todo mundo eram apresentados a “Glee”, um seriado da Fox que acompanhou a trajetória de Will Schuester e seus alunos desajeitados e incrivelmente talentosos do clube escolar de canto. Agora, imagine esse grupo em Los Angeles, para uma audição no tradicional programa de competição vocal americano, o “American Idol”, e terá uma noção do que está por vir em “Westside”, o mais novo reality show da Netflix. A produção original será lançada dia 9 de novembro e, ao longo de oito episódios, se encarrega de revelar a busca por reconhecimento de nove aspirantes à indústria musical.

Composto por músicos, cantores e escritores, esse grupo de artistas terá que deixar de lado suas diferenças para, juntos, criarem um musical capaz de agradar o exigente público de Los Angeles e, assim, tirar seus nomes da obscuridade. A série, porém, não tem como foco apenas o reality show, tendo em vista que não se trata de uma competição, mas sim de músicos que decidem compartilhar seu processo criativo com o mundo do streaming. Dessa forma, explora os impactos desse desafio na vida pessoal dos participantes, abordando temas como o abuso de substâncias ilícitas e a depressão.

O conteúdo original de músicas produzidas em “Westside” será reunido em um álbum homônimo, com direito a vídeoclipes e produção da Warner Bros. Records. Além disso, por trás dessas composições existe um time experiente, com sucessos nos mais diversos gêneros, dos quais se pode destacar Diane Warren (Aerosmith, “I Don’t Want to Miss a Thing”), Johan Carlsson (Ariana Grande, “Dangerous Woman”) e Philip Lawrence (Bruno Mars, “Uptown Funk”). Apesar da série não contar com o suspense que só uma competição semanal proporciona, carrega consigo um valor mais importante: a empatia. Afinal, quando nada parece dar certo, é a solidariedade que garante um novo começo.

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