Nova comédia dramática que chega à Netflix é o primeiro conteúdo nigeriano exclusivo para o serviço de streaming
Detentora do maior contingente populacional no continente africano, a República Federal da Nigéria desenvolve cada vez mais conteúdo para alimentar sua indústria cinematográfica. Porém, diferentemente das produções mais recorrentes que envolvem a região, essa nova era de “Nollywood” – como é chamada a indústria cinematográfica nigeriana – se apoia em atores já conhecidos pelo público para retratar problemas universais na sociedade africana. Dessa forma, quando Genevieve Nnaji decidiu, além de interpretar, também assumir o cargo de diretora no filme “Lionheart”, o sucesso era garantido. Ciente disso, a Netflix adquiriu seus direitos de distribuição mundial, tornando o filme a primeira produção nigeriana exclusiva do serviço de streaming, que estreará no dia 4 de janeiro.
“Lionheart” acompanha Adaeze (Genevieve Nnaji), uma mulher de negócios que busca constantemente pelo reconhecimento do pai (Pete Edochie), para assim herdar o comando da empresa de ônibus familiar, a Lionheart Transportes. Porém, quando o patriarca é subitamente acometido por uma doença que o obriga a renunciar temporariamente a sua posição, surpreende tanto a filha quanto seu rival (Kalu Egbui Ikeagwu) ao indicar Godswill (Nkem Owoh), seu tio cômico e despreparado, para substituí-lo. Determinada a chegar ao topo, mas sem querer desobedecer às vontades do pai, Adaeze sente-se menosprezada pelo pai e cogita até abandonar o emprego. Porém, quando ela e Godswill descobrem a precária situação financeira na Lionheart, essa dupla improvável decide se unir para salvar o legado da família.
Dramática e cômica, essa nova adesão ao catálogo da Netflix retrata o machismo recorrente tanto no ambiente profissional quanto no núcleo familiar, ao mesmo tempo em que dialoga com os limites da ambição pessoal e coragem. Com isso, “Lionheart” transcende o contexto nigeriano e adquire uma atmosfera universal, capaz de causar empatia nos mais de 100 milhões de assinantes da plataforma.
https://www.netflix.com/watch/81032385?trackId=13752289&tctx=0%2C0%2C0f2ca163-7d70-4b81-a23a-ac413527c612-97819097%2C%2C
Apetite monstruoso
“Godzilla: o Devorador de Planetas” estreia para encerrar a trilogia de um ícone cultural
Desde a década de 1950, não existe personagem mais característico da cultura japonesa que Godzilla. Presença frequente nas telas mundiais, o monstro sempre encontra alguma maneira de destruir as metrópoles nipônicas e cativar a audiência. Como todo o programa que faz sucesso gera interesse da Netflix, a gigante do streaming decidiu fazer parte dessa história ao lançar uma trilogia sobre Godzilla. O capítulo final dessa saga estreia dia 9 de janeiro na plataforma. O longa de animação “Godzilla: o Devorador de Planetas” conta os últimos confrontos do homem contra o gigantesco vilão.
No Século XXI, a Humanidade entrou em guerra com o Godzilla e perdeu a disputa. Com isso, os sobrevive
ntes foram forçados a mudar de planeta e, diversos anos depois, estão de volta à Terra sedentos por vingança. Comandados pelo capitão Haruo, os humanos tentam diversas estratégias para derrotar o monstro de 300 metros, que agora controla o mundo. No processo, inúmeras tentativas foram por água abaixo, que incluíram até construir um sósia biônico do Godzilla. Além dos humanos, Haruo se alia com uma raça de alienígenas que também buscou refúgio no planeta Terra. No capítulo final, a guerra ultrapassa os limites da atmosfera e se desenrola também no espaço. Restam poucas cartas na manga de Haruo, e ele pretende usar todas nesse último episódio da trilogia animada.
Para quem está acostumado com a temática Godzilla, fica claro que o destruidor de arranha-céus favorito do Japão se tornou um ícone cultural. O monstro, que inicialmente era a representação do medo nipônico da ameaça nuclear, transcendeu esse conceito e já protagonizou 32 filmes. Nos próximos anos, já foram confirmadas mais duas produções, todas distribuídas em parceria com a empresa japonesa Toho, que toca esse “projeto” desde 1954.
Por uma vida melhor
No dia 4 de janeiro estreia “Inspire, Expire” na Netflix, um filme emocionante que trata de assuntos atuais, como a crise dos refugiados
O mundo atual vive uma grave crise humanitária, na qual os refugiados são as maiores vítimas. Essas pessoas são imigrantes que, seja por causa de guerras ou algum tipo de perseguição, se vêem obrigadas a deixar suas origens, sem poder retornar. Por causa disso, buscam por asilo político em outros lugares do globo. Os países que mais recebem esses pedidos são os europeus, principalmente os que fazem fronteira com o norte da África, como Itália e Grécia. Porém, devido ao grande fluxo de pessoas – comparável apenas à onda migratória ocasionada pela Segunda Guerra Mundial – muitos países no mundo, utilizando discursos preconceituosos e xenofóbicos, fecharam suas fronteiras para os refugiados, o que agrava a crise.
Para tratar dessa temática tão atual, estreia no dia 4 de janeiro na Netflix o filme “Inspire, Expire”. A produção original da plataforma fez sua estreia no Festival de Filmes de Sundance, onde recebeu o prêmio de melhor direção pelo trabalho de Ísoldo Uggadottir. Passado na Islândia, o longa de 102 minutos aborda diversos problemas do mundo nos dias de hoje, desde a crise dos refugiados até a luta por direitos e o preconceito com a comunidade LGBTQ+.
O filme acompanha Lara (Kristin Haraldsdottir), uma mulher de uns 30 anos e mãe solteira que luta para sobreviver com seu adorável filho Eldar (Patrik Nökkvi Pétursson). Desempregada, cheia de dívidas e desabrigada – ambos dormem no carro de Lara –, a esperança de uma vida estável vem na forma de um emprego como segurança no Aeroporto de Keflavík, no Sudoeste da Islândia. É lá que Lara encontra pela primeira vez com Adja (Babetida Sadjo), uma refugiada de Guiné Bissau. Durante seu treinamento, Lara se depara com um passaporte suspeito e impede o embarque de Adja, que acaba sendo presa por possuir documentos forjados. Enquanto aguarda por seu julgamento na pequena cidade, os caminhos de Adja e Lara se cruzam diversas vezes. Assim, “Inspire, Expire” conta a história de duas mulheres que vão mudar completamente a vida uma da outra.
https://www.netflix.com/title/80998427
Curta a página da coluna “Via Streaming” no Facebook em www.facebook.com/colunaviastreaming