Pré-eclâmpsia é um distúrbio grave relacionado à gravidez, afetando 2-5% das grávidas, sendo a maior causa de morbidade e mortalidade materna e infantil.Específica da gestação envolve a falência de diversos órgãos e está associada à hipertensão e proteinúria.
O aumento da pressão sanguínea provoca efeitos deletérios sobre diversos sistemas, principalmente o vascular, o hepático, o renal e o cerebral. As complicações observadas nesses sistemas podem explicar a alta incidência de mortalidade e morbidade fetal e materna, o que faz da pré-eclâmpsia uma das principais causas de morte materna no Brasil (37% das causas de morte obstétricas diretas)1 e em vários outros países2.
A pré-eclâmpsia é uma doença multifatorial, porém é interessante ressaltar que existem alguns fatores de risco que aumentam a probabilidade de uma gestante apresentar pré-eclâmpsia como, por exemplo: hipertensão e diabetes mellitus pré-existentes, obesidade e a etnia.
Apesar da importância óbvia do ponto de vista de saúde pública, a etiologia subjacente a essa condição permanece desconhecida.
O rastreamento dapré-eclâmpsia pode ser realizado no ultrassom morfológico do primeiro trimestre, com 12 semanas, através do estudo Doppler das artérias uterinas. Está provado que se iniciarmos um tratamento medicamentoso antes das 16 semanas de gestação, conseguimos evitar o surgimento da patologia em 60% dos casos, por isso esse exame deve ser oferecido para toda a população não só para a população alvo.
O AJOG (AmericanJournalofObstetrics&Gynecology) reconheceu o dia 22 de maio como sendo o dia mundial da Prevenção da Pré-Eclâmpsia.