Ao longo do meu mandato venho trabalhando com ideias e projetos que beneficiem o turismo e o lazer em Montenegro. Além disso, tenho buscado iniciativas que valorizam a nossa história cultural. Um dos projetos que abracei desde que assumi uma cadeira no legislativo está relacionado ao projeto de restauração do prédio abandonado à beira da orla do Cais do Porto das Laranjeiras.
O prédio é um patrimônio histórico do município e foi construído no ano de 1932 com a finalidade de funcionar como um PackingHouse, local para processar frutos cítricos e destiná-los para exportação e industrialização de sucos. Ao longo dos anos, empresas como o DEAL,Coorlac, Aripê e Ecocitrus utilizaram o espaço como sede. No ano de 2005, após várias tratativas, o prédio que era de propriedade do Governo do Estado foi doado à Prefeitura Municipal de Montenegro, detentora desta área até hoje.
Em outras administrações houve promessas de reforma do prédio para a construção de um Centro de Referência da Citricultura do Vale do Caí, com o objetivo de instalar no seu interior um museu da citricultura, com documentos, instrumentos e imagens históricas do setor, além de disponibilizar o espaço para sediar instituições da citricultura. Foi prometido também o conserto do telhado, que com o passar do tempo sofreu um desabamento. Hoje, toda a estrutura está comprometida, podendo se transformar em ruínas a qualquer momento.
Na semana passada realizei uma reunião na Câmara de Vereadores para debater o assunto e apresentar um novo projeto arquitetônico de restauração, desenvolvido pelo arquiteto Alexandre Franczak. O projeto tem como objetivo criar um ambiente gastronômico e cultural, oportunizando aos munícipes um espaço de lazer e diversão, em frente a um dos cartões postais mais bonitos da nossa cidade.
A ideia é que novas empresas possam explorar o local comercialmente (bar, pub, cervejaria) colocando o seu espaço, produtos e serviços à disposição de todas as pessoas que frequentam a orla. O próximo passo deste projeto será estimar o custo de execução da obra para depois iniciar a busca por recursos financeiros, seja através de emendas parlamentares ou até mesmo de parceria público-privada.
Inclusive, sou um grande defensor destas parcerias entre poder público com a iniciativa privada, pois a revitalização, administração e manutenção ficariam sob a responsabilidade das empresas, não gerando nenhum custo aos cofres públicos do município. Além disso, as empresas seriam responsáveis em oferecer toda a infraestrutura para a comunidade, além de gerar emprego e renda ao município.
Entendo que esse prédio tem uma importância muito grande para a nossa cidade. A sua história e características devem ser preservadas antes que o prédio venha ao chão, como já aconteceu com outros prédios históricos do município. Por isso, é necessário buscar, o quanto antes, alternativas para restaurar e colocar este prédio novamente à disposição da comunidade. Novas reuniões devem acontecer ainda neste ano para dar continuidade ao trabalho.
A administração municipal já sinalizou que será parceira nesta causa. Esperamos, em breve, colocar este projeto em prática.