Neste domingo vamos às urnas para uma eleição considerada histórica no Brasil.
Pela primeira vez na história, se enfrentam um ex-presidente da República e um presidente em exercício. Uma disputa entre dois dos maiores líderes da política das últimas décadas do país, divididos, ao mesmo tempo, pela idolatria e alta rejeição.
A polarização instaurada no nosso país impediu que outros candidatos crescessem durante a campanha no primeiro turno, enfraquecendo o centro político e mostrando a irrelevância da terceira via.
A disputa entre Lula e Bolsonaro no segundo turno se intensificou, mostrando claramente que o Brasil está dividido. De um lado um discurso patriota, que busca combater a corrupção e o antipetismo, e do outro o que carrega uma mensagem de pacificação política e cuidado com o povo.
Porém, o que vemos nos últimos dias é uma distribuição em massa de mensagens nas redes sociais com ataques um ao outro. Essa foi uma manobra muito utilizada na eleição presidenciável de 2018, considerada por muitos especialistas da área política e da comunicação como um marco de sucesso, inclusive, sendo um dos fatores decisivos para a campanha vitoriosa de Bolsonaro. Agora, a disputa em 2022 mostrou que o outro lado também aprendeu a duelar na internet, usando dos mesmos recursos para atacar e se defender do seu adversário.
A disseminação dos conteúdos nas internet, sejam eles falsos ou verdadeiros, chegam de forma muito rápida e alcançam um número de pessoas muito grande, podendo claramente, influenciar na escolha e no voto do eleitor. O uso da internet teve um impacto muito marcante, a partir das manifestações de 2013, onde milhares de pessoas lotaram às ruas para manifestar a sua insatisfação com o governo da época.
Frente às diversas possibilidades que a internet proporciona, a rede constituiu como um espaço importante de articulação de grupos de pessoas, organizações e instituições. Com o avanço da tecnologia e do uso das redes sociais em campanhas eleitorais e o impacto que ela tem em uma eleição, o assunto vem sendo amplamente discutido e tema de pesquisas científicas e publicação de livros e artigos nos últimos anos.
Não tenho dúvida que essa será uma eleição histórica em nosso país. Duas opções radicalmente opostas em uma eleição marcada por polarização, embate e questionamentos. Possivelmente será estudo de novas pesquisas e que marcará uma geração de brasileiros.
Entretanto, temos o compromisso de exercer a nossa cidadania na hora de escolher o nosso candidato. O voto consciente é a forma mais eficaz para tentarmos melhorar o futuro do nosso país.
Por fim, votar é algo essencial para a nação e é um direito e dever de cada um. Boa eleição a todos!