Nunca se ouviu falar tanto na palavra democracia como nos últimos dias. Quando se fala em democracia, muitos pensam em elementos institucionais e legais, como uma Constituição, eleições, representação do povo e a divisão de poderes. Ainda há quem imagine os protestos nas ruas e as manifestações da sociedade para pressionar os governos. Pode se dizer que todos eles são elementos essenciais da nossa democracia. Mas o que de fato essa palavra significa?
A palavra democracia tem origem no grego demokratía que é composta por demos, que significa “povo” e kratos, que significa “forma de governo”. Ela é um regime político em que a soberania é exercida pelo povo. Em um governo democrático, todas as pessoas possuem o mesmo estatuto e têm o direito de participação política. Um dos elementos que define a democracia é a livre escolha de seus governantes, por meio do voto.
Uma das principais funções da democracia é a proteção dos direitos humanos fundamentais, da liberdade de expressão, participação na vida política, econômica e cultural. Um estado democrático exige o respeito à opinião diferente ao outro, a aceitação das diversidades e a propensão ao diálogo.
Todo cidadão tem o direito de manifestar a sua opinião, a favor ou contra qualquer assunto. Todas as manifestações são bem-vindas e importantes para o bom andamento da democracia, desde que tenha o respeito e que não interfira o direito de ir e vir do cidadão. As manifestações, sendo pacíficas, mostram que vivemos em um país democrático.
Reconhecer o resultado das urnas também é um movimento democrático. Ele precisa ser respeitado. Não significa a concordância, mas sim o respeito à maioria. Sem entrar em interesses políticos, muito menos em ideologia política e sem radicalizar, mas recentemente assisti um discurso do ex- presidente dos Estados Unidos Barack Obama, reconhecendo a vitória do seu concorrente.
Dizia o seguinte: “Muitos americanos estão felizes, muitos americanos não estão muito felizes. Mas assim funcionam as eleições. Essa é a natureza da democracia. Ela é dura. Às vezes, duvidosa e barulhenta. Não é sempre inspiradora. Às vezes você perde um argumento, às vezes você perde uma eleição. É assim que a política funciona. Nós tentamos convencer as pessoas de que estamos certos. E então, as pessoas votam. E se perdemos, aprendemos com os erros, fazemos algumas reflexões, sacodimos a poeira, nos erguemos e voltamos ao jogo.”
As eleições deste ano chegaram ao fim. Confesso que o resultado da eleição presidencial não era o que eu desejava, pois entendo que nosso país, apesar de ter passado por uma pandemia e estar vivenciando uma guerra, está em pleno crescimento econômico e a continuidade do governo poderia nos elevar como nação.
Assim sendo, mesmo que não tenha sido a minha escolha, torço para que o novo governo faça o melhor para o Brasil. Na condição de oposição, vou ficar atento a todos os movimentos políticos e cobrarei dos Deputados Federais e Senadores a fiscalização dos atos de governo.