Junho é conhecido como o mês do Meio Ambiente. Essa importante passagem nos convida a refletir sobre a importância de adotar hábitos e práticas sustentáveis para cuidar do meio ambiente. Reduzir o uso de produtos descartáveis, não jogar lixo na rua, separar e reciclar o lixo – tudo isso pode fazer uma grande diferença.
No entanto, empresas e órgãos públicos também têm um papel importante na adoção de práticas sustentáveis. A implementação de políticas e projetos voltados para a sustentabilidade pode ser uma grande contribuição para a preservação do meio ambiente e garantir que as atividades econômicas aconteçam de forma consciente e responsável.
Na Câmara de Vereadores de Montenegro, desde que assumi vereador, venho trabalhando ações e projetos que visam conscientizar a população sobre os problemas ambientais na cidade.
No início do mandato, encaminhei uma indicação ao executivo para a criação do projeto “Nasce uma criança, planta-se uma árvore”, visando o plantio de uma árvore para cada criança nascida e registrada na cidade. Além disso, ainda em 2021, protocolei outra indicação para que a administração estudasse a viabilidade de criar um projeto de lei dispondo sobre a inclusão da temática “Educação Ambiental” no conteúdo programático das escolas do município. Assim como me manifestei contrário à instalação da empresa Proamb no município, inclusive, criando uma lei impedindo a sua instalação na localidade de Pesqueiro.
Na última semana, entrei com requerimento na Câmara de Vereadores, solicitando uma reunião para debater sobre uma possível proibição da distribuição gratuita de sacolas plásticas no comércio montenegrino. No Brasil, a maioria das capitais já proíbe o uso de sacolas plásticas. No Rio Grande do Sul, a cidade de Gramado, recentemente aprovou a proibição. Em Porto Alegre, o projeto começa a tramitar na Câmara de Vereadores.
Entendo que o assunto precisa ser amplamente debatido. É uma iniciativa que mexe no comportamento das pessoas, e exige uma adaptação muito grande, tanto do comércio e supermercados que terão que deixar de distribuir as sacolas plásticas, quanto da população que terá que evitar o seu uso.
As sacolas plásticas são consumidas no mundo inteiro, aproximadamente, um milhão de sacos plásticos por minuto. Quando descartadas de maneira inadequada, essas sacolas acabam indo parar em rios e outros habitats naturais. Sem contar que elas são os principais causadores de entupimentos de bueiros e córregos, contribuindo para a retenção de lixo e inundações. Além disso, as sacolas plásticas não são biodegradáveis. Ou seja, elas permanecem no meio ambiente por centenas de anos.
Mas quem se importa? Infelizmente, vivemos em uma sociedade onde a maioria das pessoas não se preocupa em preservar o meio ambiente. Em um país como o nosso, onde as coisas só funcionam com medidas drásticas, a criação de uma lei municipal para proibir as sacolas plásticas pode ser uma opção.
Reduzir ou eliminar o uso de sacolas plásticas é uma escolha consciente e responsável que pode contribuir para um futuro mais saudável e sustentável. Juntos, podemos criar uma cidade melhor para as futuras gerações.Vamos em frente!