O radiante par de brincos vermelhos de resina em uma grande loja de departamentos de um Shopping Center da região metropolitana custava “apenas R$9,00” na promoção de saldos. Ao avistar a peça o coração bateu forte: lindo, vistoso e “barato pra caramba”.Conceitos que nos levam à perdição do consumo voraz,inconsequente, que sempre promete a ideia de alcançarmos uma vida cheia de realização, hedonismo e de doçura de viver.
Tirei o par de brincos do display, observei seus detalhes, coloquei ao lado da orelha simulando uma prova, e prontamente, como prática habitual, meu pensamento se dirigiu até meu acervo. Pensei em possibilidades de combinação entre as visualidades que já existem, e imaginei composições com tal adorno. Resultado: Não vai combinar com nada do que tenho em casa! Compro mesmo assim? Já que o preço é acessível? Em outros tempos, sem pestanejar. Atualmente, nem pensar!
Lembrei-me de que, certa vez, recebi um e-mail com o seguinte enunciado: “a semi-jóia que você precisa ter está aqui!” É preciso sim, cada vez mais estar atento e forte, como na letra da música “Divino e Maravilhoso”, do Caetano Veloso. Já que, ainda com a sequela da primeira década deste século, a oferta e a procura se tornaram cada vez mais alinhadas e a variedade de propostas e sedução pelo consumo, físico e virtual, está diante de nossos olhos, a qualquer hora do dia, a qualquer preço.
Ouve-se muito falar em propostas de organização voltadas ao acervo pessoal, como “guarda-roupa inteligente” ou“seu closet no divã”, que, com a promessa de trazer um “novo olhar”ao acervo com combinações econômicas, a meu ver só costumam nomear o consumidor como incapaz ou desequilibrado. Bem mais interessante seguirmos as propostas da ativista Chiara Gadalleta, quando afirma que ninguém precisa de mais uma peça em seu armário, valorizando a sustentabilidade e questionando a origem dos produtos. Ou da montenegrina Boho Acessórios, com o projeto Reuse, que transforma bijuterias antigas com trabalho manual. Proponho um novo nome para tal prática: meu guarda-roupas não é bobo. Nem eu.
Olhares:
Vai Lala:
A lutadora de Muay Thai Larissa Silva representa, na tarde de hoje, a equipe Nitro Team de Montenegro na disputa pelo Troféu CBS Girls na categoria 75. Treinada pelo professor Diego Ávila, ela defende o prêmio na cidade de Canoas. Torcemos muito!
Super Talk Santa:
Na tarde de hoje, a partir das 14h, a Santa Combinação é palco do Super Talk Santa, que reúne as empresárias Ana Olívi Winiemko, Luíza Ramirez, a multiprofissional Eduarda Sbróglio, a astróloga Luisa Crippa e a estudante de nutrição Gabriela Krumennauer.
Exposição no MAM:
Na próxima segunda, dia 02, esta colunista e a colega Regina dos Santos, vamos abrir nossa exposição com trabalhos realizados no Atelier Livre da Fundarte, sob a curadoria da Professora Loíde Schwambach, às 15h no Museu de Arte, na Estação da Cultura. Estão todos convidados.
O Vetir e a Cidade:
Esse nenê fofinho de vestido marinho com bolinas em registro do grande Milton Schwambach sou eu, que comemoro 40 anos de vida e arte na próxima segunda-feira, dia 02.
Você tem alguma foto histórica sua ou de alguém especial vestindo algum traje de época? Vamos adorar publicar neste espaço! Envie para o nosso Facebook ou e-mail [email protected]
