Eu tinha outro texto, mas fiz aniversário

Recordo desde sempre: lá em casa, dia de aniversário, de alegria. Minha mãe me acordava com um buquezinho de flores do campo e eu me sentia especial, ficava “toda faceira”. Gestos que reverberam para o resto da vida, e fazem com que a gente sinta um “não sei o quê” festivo, ao menos sinto. Neste ano, o mesmo sorriso no semblante, não fosse a chegada dos 40 anos de idade. Até porque quando se é mais jovem a ideia de chegar a tal idade me remetia a um assustador conceito muito senhoril. Minhas avós aos 40 já eram senhoras de verdade. As suas não? A sorte é que como tantas outras gurias da minha geração, tive oportunidades libertadoras graças ao período histórico e à criação que me foi presenteada pela convivência em família, pude fazer escolhas que não foram dadas à elas. Incluindo a de não envelhecer, no verdadeiro sentido da palavra: o das ideias, o qual acredito, ser o mais positivo deles.

Nossa avó de coração, a Zica, hoje com 80 anos, sempre disse que para não envelhecer é preciso ouvir e conviver com os mais jovens. Assim como a Iris Arpfel, que aos 98 anos recém completados (como adoro ser virginiana como a Iris!) nos diz que devemos ser obras de arte! São mulheres como elas que trazem para a nossa realidade há anos, na prática, o conceito de Perennial, que tanto se fala na atualidade. Nomeado em 2016 pela pesquisadora estadunidense Gina Pell, um indivíduo em uma faixa etária que parte dos 40 anos cujo estilo de vida contém gostos e hábitos de diversas faixas etárias e se determina pela identidade social. Trata-se de uma geração que representa um novo estilo de vida: sem idade ou atemporal, que questiona o status quo e deseja relações horizontais, além de um cotidiano menos engessado por regras e costumes que inibem a individualidade. Para quem sempre teve dificuldades em se encaixar em certos padrões, com a chegada dos 40 anos, uma surpresa da vida: finalmente, me identifiquei com algum.

O Vestir e a Cidade:
Nossa amiga Nanci Nilva Pereira nos presenteou com essa raridade do ano de 1965- em desfile na cidade de Novo Hamburgo, jovens montenegrinas desfilaram modelos criados pela saudosa Eny Bühler. Entre elas Maria Luíza Scalabrini, Rosa Maria Gallas- na época Miss Montenegro e Rio Grande do Sul, Beatriz Sttefen, Doris Petry, Vera Maria Koch, a própria Nanci, Leonor Michells e Rosane Poeta.

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Olhares:
Vem Primavera: Josi e Mana Seelig reuniram amigas e clientes com animada recepção na Loja Seelig na quanta, dia 04, para mostrar lançamentos de moda Primavera/Verão.

Rock na Praça: A banda Evil Eye, formada pelos montenegrinos Eduardo Müller, Marco Lottermann, Rayan Bastos e Gustavo Soares se apresenta pela primeira vez neste domingo, dia 08, na Praça dos Ferroviários, às 16h. O repertório com covers de nomes como Metallica e Black Sabbath entre outros, abre o show da porto-alegrense Acústicos e Valvulados.

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