Voltando aos poucos

Pouco a pouco a vida vai voltando ao normal. Ou ao novo normal, já que após quase dois anos, a pandemia já acomodou, em nossas rotinas, alguns hábitos que em 2019, nem imaginaríamos ter. O governo do Rio Grande do Sul publicou um decreto com novas regras, que flexibilizam ainda mais eventos com público. Os novos protocolos divulgados pelo Estado permitem que ocorram eventos com mais tranquilidade e mais contato do que vinham ocorrendo. O setor artístico, assim como o de organização de eventos, foi o que mais sofreu desde março de 2020 e é o último que começa a voltar a trabalhar agora, no final de 2021.

Essas medidas flexibilizadoras são possíveis porque vencemos, embora a duras penas e com muito trabalho de convencimento, o período mais obscuro da pandemia. Tivemos, nos últimos meses, grande avanço no controle da Covid-19, certamente. A vacinação, que antes parecia tão lenta, agora já atinge a maioria da população estadual e representa um índice de proteção importante contra o vírus. Independente de qual imunizantes se está recebendo, garantir o esquema vacinal completo é a forma mais eficaz de estar protegido e garantir também o cuidado com que amamos. Os números de infectados e – ainda mais importante -, de óbitos, reduziu drasticamente na nossa região, se compararmos aos primeiros meses do ano.

Isso tudo é fruto da atuação incansável dos profissionais de saúde, associado à ações de conscientização da imprensa e, claro, à colaboração de grande parte da população, que procurou, na medida do possível, garantir os cuidados de prevenção ao vírus. Vemos agora, na nossa região, a vizinha Maratá realizar a sua 16ª Oktoberfest, ainda com restrições, exigindo a apresentação da carteirinha de vacinação – inclusive dos profissionais que entram no parque da Oktober para trabalhar – e buscando manter a cautela. É um bom teste para sabermos se estamos, de fato, preparados para recomeçar a viver esses momentos, tão saudosos. Porém, para que isso seja realmente possível, é preciso seguirmos os cuidados necessários, afinal, embora tenha reduzido muito significativamente, a pandemia não acabou.

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