Todos estão cansados. Inclusive nós, jornalistas. Nunca imaginamos que entraríamos o nono mês com a Covid-19 na pauta da reportagem. É claramente perceptível na sociedade a exaustão da prevenção ao novo coronavírus. Se lá em março precisamos ser ensinados da forma correta de usar a máscara, agora todos a conhecemos bem. Mas muitos escolhem não usar. O jeitinho brasileiro aqui se apresenta. É fácil encontrar pessoas caminhando pela rua sem máscara. E, para entrar em qualquer estabelecimento, a colocam. Conhecem a regra, sabem que serão cobrados em qualquer comércio, mas, na rua, estão cansados demais para se prevenirem.
O problema é que este comportamento – junto a outros fatores como os passeios e viagens nos últimos feriados e as aglomerações causadas pelas campanhas políticas – já está elevando o número de casos e, o mais grave, o número de pacientes com internação. Isso num momento em que muitas instituições de saúde já reduziram ou encerraram alas de atendimento à Covid-19 por acreditarem que o pior, no Inverno, havia passado. Nós também esperávamos que, em plena segunda quinzena de novembro, estivéssemos falando da ceia de Natal. Mas, com a média de casos ativos do novo coronavírus em alta, precisamos lembrar à comunidade que, para termos um fim de ano feliz e em família precisamos nos cuidar.
Esta semana fomos surpreendidos por duas notícias preocupantes. Primeiro, uma escola de Educação Infantil teve de ser fechada por conta da Covid-19. Aqui em Montenegro, as agências bancárias do Banrisul e do Itaú também fecharam as portas pelo mesmo motivo. Todos nós sabemos a quantidade de gente que circula nos bancos e naquela região da cidade todos os dias. Isso, por si só, já deveria servir de alerta. Não se trata de gerar pânico nem defender o fechamento de nada, mas é preciso alertar para os devidos cuidados. Chegamos muito perto de conseguir uma normalização da situação. Estamos cada vez mais próximos da existência da vacina que trará paz a todos. Mas, enquanto a imunização geral da população não for uma realidade, temos de manter os esforços. Se recuarmos agora, corremos o risco de que a preocupação com a Covid-19 estrague a chegada de 2021. Vamos nos esforçar mais um pouco?